Contratado em maio de 2017, o atacante Alecsandro, nesta reta final de Série B do Campeonato Brasileiro, talvez tenha vivido seu melhor momento no Coritiba. Não foi, nem de perto, a participação que a diretoria e o torcedor alviverde esperava do camisa 9 nesses quase dois anos de clube. O custo benefício foi baixo, já que ele tem o maior salário do elenco e a sua permanência no Coxa para a próxima temporada está sendo tratada de forma cuidadosa pelo departamento de futebol e comissão técnica do Verdão.
Alecsandro, em 2017, fracassou junto com o time. Não conseguiu atingir a forma física ideal e atuou pouco na campanha que rebaixou o Coritiba para a Série B do Brasileiro deste ano. Fez apenas um gol e colecionou atuações discretas e abaixo da média. Mesmo assim, com contrato com o Verdão, foi definida a sua permanência no clube para o ano de 2018.
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Na sua reapresentação, no início de janeiro, Alecsandro foi às lágrimas ao lembrar da tristeza do seu filho ao ver o Coritiba, na última rodada do Brasileirão de 2017, ser rebaixado à segunda divisão. Assumiu, então, o compromisso de ajudar o Verdão a retornar à elite do futebol brasileiro e de dar a sustentação e a experiência necessária aos jogadores mais jovens que, naquele momento, formaram o grupo que disputou o Campeonato Paranaense.
Mas não foi o que aconteceu. Alecsandro até fez alguns jogos do Estadual, marcou algumas vezes, mas não conseguiu a tão sonhada regularidade no time coxa-branca. Oscilou, assim como todo o elenco do Coritiba, especialmente por conta da dificuldade para atingir sua forma física ideal.
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Sob o comando do técnico Eduardo Baptista, treinador que já tinha trabalhado no Palmeiras, no início da Série B do Campeonato Brasileiro, Alecsandro ganhou moral. Teve novas chances, mas não conseguiu aproveitá-las. O empate em 2×2 diante do CSA, fora de casa, quando foi responsável por pelo menos um dos gols sofridos pelo Verdão, que vencia a partida por 2×0, marcou um período sombrio do camisa 9 em 2018 no Coxa.
A partir daí, passou a ser preterido pelo técnico Eduardo Baptista até dos relacionados para a partida. Foi, então, em agosto, afastado pelo treinador e pela diretoria de futebol da época, comandada pelo diretor Augusto de Oliveira e pelo gerente de futebol Pereira, junto com outros jogadores. Na ocasião, sua saída do clube foi negociada pela cúpula alviverde, mas não houve um acerto.
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Logo depois, Eduardo Baptista e toda a diretoria de futebol do Coritiba foram demitidos do clube. Tcheco assumiu e Alecsandro foi reintegrado ao elenco. Ganhou novas oportunidades, mas não emplacou boas atuações, assim como todo o time. Conseguiu, então, reencontrar seu melhor futebol depois da chegada do técnico Argel Fucks.
Em forma, Alecsandro ganhou moral e uma sequência maior no time titular. Encerrou o ano marcando o gol da vitória da equipe sobre o Fortaleza por 1×0, em um duelo que não valia mais nada para os dois elencos. Provou um pouco mais a sua capacidade de, quem sabe, ter uma renovação para a próxima temporada, especialmente pela empatia que o técnico Argel Fucks demonstrou nesta reta final de temporada.
Na semana passada, durante a apresentação do novo diretor de futebol do Coritiba, Rodrigo Pastana, o presidente Samir Namur chegou a declarar que a permanência do jogador é complicada. A questão financeira pode pesar e o camisa 9 só permaneceria no clube com uma redução salarial. “O Alecsandro tem o maior salário do elenco. Não descarto. Não conversamos porque não deu tempo. Mas financeiramente sua permanência é muito difícil”, finalizou Namur.
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