Como sempre acontece em momentos de crise no Coritiba, surgiu novamente o assunto “novo Couto Pereira”. Desta vez, o vice-presidente do clube, Alceni Guerra, veio a público para dizer que há um novo projeto, que ele foi aprovado e que a prefeitura de Curitiba está sabendo de tudo. Mas ele próprio afirmou que uma construção é um fato ainda distante – até porque a posição do cartola não é unanimidade dentro do Alto da Glória.
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Alceni falou em entrevista ao UOL e de novo mostrou otimismo absoluto em relação à importância da construção de um estádio do chão, demolindo o Couto e fazendo uma arena multiuso do zero. Seu mote para tentar convencer o público é a comparação com o maior rival. “Uma reforma vai eternizar nosso atraso em relação ao Atlético”, disse, repetindo frase dita há três semanas. Ele lidera o grupo que quer impor a nova arena, contra a turma que quer apenas reformar o estádio.
Outro argumento usado pelo vice-presidente é que se for feita uma “ajeitada” no Couto Pereira, o dinheiro não poderá ser captado em um fundo de investimentos. “Se você fizer apenas uma reforma, você tem que tirar dinheiro do futebol. E aí o risco de queda para a Série B é enorme”, comentou Guerra para o UOL – como se o Coritiba já não estivesse na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
Para conseguir atingir esse objetivo, Alceni Guerra aposta no seu parceiro na empreitada, o diretor de marketing e relações internacionais, Juliano Belletti, outro entusiasta da ideia do “novo Couto”. É ele quem vai fazer as visitas aos estádios e arenas na Europa e Estados Unidos – aproveitando os momentos de embaixador e jogador do time de veteranos do Barcelona.
Um terceiro apoiador, novamente confirmado por Guerra ao UOL, é o presidente afastado do Conselho Deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia. O cartola atleticano, que segue dando as cartas no clube (inclusive sobre as dívidas da Arena da Baixada), é a principal influência do vice alviverde nos planos de novo estádio, tanto no modelo de construção quanto no de investimento.
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Alceni Guerra quer que o projeto tem que ser aprovado pelos conselheiros ainda este ano – até porque tem eleição no final do ano, e ele diz não ser candidato à presidência. O grande empecilho é que, a não ser que um candidato de situação vença, dificilmente os planos dele e de Belletti (que deve deixar o Coxa com qualquer resultado do pleito de novembro) serão mantidos. E, dentro do Conselho Deliberativo do clube, nem Alceni nem o “novo Couto” são maioria.