Enquanto não define seu novo comandante, o Coritiba, com o técnico interino Pachequinho à frente do time, ainda segue buscando sua equipe ideal para a sequência do Campeonato Paranaense. Com pouco mais de dois meses de trabalho e oito jogos disputados, nada menos do que 27 jogadores já foram utilizados e o Verdão não tem ainda seus titulares totalmente definidos.
Essa dificuldade para encontrar um onze ideal pode ser explicada. Um dos principais motivos foi a troca no comando técnico depois de menos de dois meses de trabalho. Paulo César Carpegiani foi demitido depois da eliminação na segunda fase da Copa do Brasil, para o ASA, no Couto Pereira. Nas palavras da própria diretoria, foi um período jogado no lixo e a reformulação começou com Pachequinho no comando da equipe.
O problema do Coritiba pode ser analisado de maneira mais profunda. Quando foi demitido, Carpegiani disparou contra a diretoria e a falta de convicção dos cartolas para tocar o departamento de futebol do clube. Contratações foram feitas, mas até agora poucas emplacaram. Algumas novas caras do Coxa ainda não estrearam por conta de lesões e isso também dificultou o processo de montagem do time.
As laterais e o setor de criação foram, até agora, os mais carentes. O ex-treinador não teve muitas opções, sobretudo para armar o meio de campo com mais criatividade. Enquanto isso, Juan e Raphael Veiga, que estavam no clube até o ano passado, vivem bons momentos no Goiás e no Palmeiras, respectivamente.
Dos jogadores que foram contratados no início desta temporada, quem mais atuou foi o atacante Henrique Almeida. O centroavante participou de todas as partidas, sendo seis como titular e duas saindo do banco de reservas. Dos reforços anunciados, dois em especial agradaram. O atacante Rildo tem se destacado, mas ainda sofre com a falta de ritmo e não conseguiu ainda ter uma sequência no Coritiba.
Mas quem chamou a atenção até agora foi o meia Matheus Galdezani. O jogador, que defendeu o CRB na Série B do Campeonato Brasileiro do ano passado, ganhou a posição por jogador tanto como volante, quanto mais a frente, na criação. O camisa 20 do Coritiba, porém, disputou apenas cinco jogos e no clássico Atletiba acabou se machucando e voltará aos treinamentos somente no início de abril.
Assim, com Carpegiani e com Pachequinho no comando, foram oito escalações diferentes em duelos pelo Campeonato Paranaense e Copa do Brasil. Somente três jogadores atuaram em todos estes compromissos como titulares: o goleiro Wilson, o zagueiro Werley e o lateral-esquerdo Carlinhos.
O interino Pachequinho, ao seu modo, tem a confiança do grupo e os resultados já começaram a aparecer. O clima mudou segundo os próprios jogadores falaram. A paz voltou a reinar no Couto Pereira e, dentro de campo, o time está mais organizado e provou que achou um norte a seguir. Enquanto o novo comandante não chega, o Verdão vai tentar apagar as atuações ruins do início da temporada e brigar, pelo menos, pelo título estadual.
