39 anos depois, o Coxa volta a comemorar um tetracampeonato

Trinta e nove anos depois, o Coritiba volta a comemorar um tetracampeonato. A façanha é rara no futebol paranaense. Tanto que esta é apenas a segunda vez que o Coxa alcançou esta marca – a outra foi entre 1971 e 1974, e que depois chegou ao hexa em 1976 -, além do Britânia (tetra de 1918 a 1921, e hexa em 1923) e Paraná Clube (tetra de 1993 e 1996, e penta em 1997).

Para os jogadores que fizeram parte do primeiro tetra alviverde, repetir esta conquista é algo marcante. Segundo Dirceu Krüger, um dos maiores ídolos da história do clube, todos os atletas que participaram desta campanha terão seus nomes eternizados na história do clube. “Além de mais um titulo, é um tetra. Isso tem um significado muito grande, por que é o segundo tetra da história do clube. É algo que tem um peso muito grande, e marca muito o clube. Além disso, os jogadores que conquistaram este feito deixam seu nome para a eternidade”, afirmou.

Ex-goleiro do primeiro tetracampeonato, Jairo também vê uma importância muito grande para aqueles que estiveram em campo. Porém, ressalta que a celebração do tetra é muito mais relevante para o Coritiba em si e para os torcedores. “Para os jogadores é muito importante. Naquela época, o Coritiba não tinha conseguido ainda este tetra e foi uma conquista muito importante. Mas para o atleta é uma conquista como outra. É mais importante para o clube e para o torcedor a questão do tetracampeonato. Tem uma ênfase maior”, explicou.

Em relação ao desempenho dos times, os veteranos rasgaram elogios ao elenco atual. Para Krüger, as duas equipes têm muitas semelhanças e serão sempre lembradas pelos torcedores. “Tem sim. Os jogadores do Coritiba atualmente têm muita qualidade, assim como na nossa época. Acredito que estas equipes são semelhantes e vão ser sempre lembradas”, analisou o Flecha Loira.

Jairo também apontou qualidades para os atuais tetracampeões, mas acredita que o primeiro tetra foi muito mais suado, por conta da força dos adversários que, de acordo com ele, eram melhores no passado. “Na época, tínhamos um time muito bom. Hoje, o time é um dos melhores do Campeonato Paranaense também, mas as dificuldades foram menores, por causa dos adversários. Na nossa época, os times do interior eram muito mais fortes”, declarou o ex-goleiro.

A maior diferença ficou por conta dos adversários na conquista do tetra. Enquanto nos anos 1970 os títulos foram conquistados em cima de União Bandeirantes (1971), Atlético (1972 e 1973) e Colorado (1974) desta vez todas as taças foram levantadas diante do rival, algo que, para Jairo, dá um sabor muito mais gostoso. “Quando é conseguido em cima de um rival como o Atlético dá mais gosto ainda. Se fosse contra outro, seria obrigação”, completou.

Marco André Lima
Jairo: dificuldades atuais foram menores.
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