O encontro de anteontem entre comissão técnica e diretoria do Coritiba não teve decisões aprofundadas, ou enumeração de atletas que vão ficar ou que vão sair – e mesmo aqueles que serão contratados. Mas ficou definido o padrão de trabalho para a pré-temporada e para 2003, e não se vai fugir do inicialmente proposto. Se a política de aposta da prata da casa surtiu efeito, ela será repetida. E confirmou-se o que já havia sido prometido – não haverá “loucuras” na entressafra alviverde.
Apesar de algumas necessidades, a intenção da diretoria coxa é manter ao máximo o elenco, privilegiando a base formada e acrescendo a ela novos valores. “É o momento de ajustarmos as peças, e não ficar renegando tudo o que foi feito”, resume o secretário Domingos Moro. O pensamento é acertar já no início, sem cometer os erros que em outros anos foram fatais no planejamento da equipe.
Mesmo acertando a pré-temporada com certa antecedência, nos últimos anos o Coritiba não conseguiu aproveitá-la porque não tinha elenco pronto. Caso clássico é o do ano passado, quando o fracasso na Copa João Havelange obrigou a direção a mexer profundamente no grupo, contratando mais de dez jogadores, quase todos eles para o time principal. A mudança foi tanta e tão sem critério que, durante o ano, sessenta e um jogadores vestiram a camisa coxa – desde revelações como Djames (hoje encostado, recuperando-se de uma série de cirurgias no joelho) até veteraníssmos como Válber.
Este ano, o projeto é contratar o mínimo possível – e com critério. “Nós temos qualidade no elenco. Podemos sim melhorá-lo ainda mais, para que os resultados venham”, explica o técnico Paulo Bonamigo. Por isso, a princípio a direção alviverde trabalha na manutenção de jogadores considerados ?imprescindíveis?: Fernando, Edinho Baiano, Reginaldo Nascimento, Tcheco e Lúcio Flávio.
Passada a fase de acerto dos ?fundamentais?, haverá a renovação (ou não) dos outros jogadores que têm contratos vencendo ao fim do ano: Da Silva, Ceará, Erick, Jabá, Fernando Mello, Badé, Sérgio Manoel e Genílson, sendo que os dois últimos dificilmente permanecem. Ainda há a possibilidade de negociação de atletas ainda vinculados ao clube – o principal exemplo é Reginaldo Araújo. “Queremos começar a preparação com os atletas que vão ficar no ano que vem”, diz Domingos Moro.
E, em paralelo às renovações, alguns contatos com jogadores de outras equipes que interessam ao Cori serão feitos. A contratação mais urgente é a de um atacante, pedido expresso de Bonamigo à direção. Além disso, deverão ser contratados ao menos um zagueiro e dois meias.
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