Coritiba traz ponto do Rio Grande do Sul

Se domínio territorial desse pontos para as equipes que disputam o Campeonato Brasileiro, ontem o Coritiba teria saído do estádio Olímpico com três.

Mas como o que vale é bola na rede, o Coxa perdeu uma grande chance de conseguir a primeira vitória fora de casa. Ontem, em Porto Alegre, o time ficou apenas no 1×1 com o fraco time do Grêmio, que jogou por mais de 45 minutos com um jogador a menos.

E se dominou quase toda a partida, controlando o dono da casa e mantendo o adversário longe de sua meta por longo tempo, por que o Coritiba não venceu o tricolor gaúcho? Sim, porque se há tanto domínio, algo aconteceu para que o time de Antônio Lopes não passasse pelo Grêmio. “Não tivemos sorte nas horas decisivas”, afirmou o volante Roberto Brum.

É verdade, o Coritiba não teve sorte. Pelo menos em três chances o Coxa fez tudo certo, mas não marcou o gol. A mais clara delas aconteceu no segundo tempo, quando Tuta recebeu livre pela esquerda, deslocou Tavarelli e já corria para a festa (seria o gol da virada), mas a bola caprichosamente acertou a trave.

Faltou também qualidade. Em outras tantas estocadas, o Cori pecou em detalhes simples, como passes errados ou prosaicos domínios de bola, como quando Alexandre Fávaro (que entrou no lugar de Josafá, que entrou no lugar de Ricardo) foi lançado e sequer conseguiu trazer a bola para perto de si.

E também faltou atenção. O sistema de marcação do Coritiba foi efetivo em quase toda a partida. No primeiro cochilo, três marcadores foram em cima de Michel Bastos, e deixaram Luciano Ratinho livre. O armador sofreu falta, e o próprio Michel fez a cobrança. Sem muita confiança no cobrador, Fernando colocou três homens na barreira, e o lateral gremista acertou o ângulo, abrindo o placar.

Foi aí que o Coritiba percebeu que tinha que atacar. De lá até o final do jogo, apenas Michel Bastos e Marcelinho provocaram perigo à defesa coxa. O comando da partida era alviverde, com boas atuações dos volantes Roberto Brum e Ataliba, e a presença ofensiva de qualidade de Luís Mário. Apenas Luís Carlos Capixaba e Tuta estavam abaixo do esperado.

No final da primeira etapa, Luciano Ratinho tentou cavar uma penalidade, e acabou expulso por Paulo César de Oliveira. Com isso, o Cori tomou de vez conta da partida, mas durante boa parte do segundo tempo não soube controlar as ações ofensivas. Faltava qualidade. Quando não faltava qualidade, faltava atenção. E às vezes ainda faltava sorte.

Antônio Lopes ousou, e colocou Rodrigo Batata. E foi do pequenino armador a jogada do gol coxa. Ele tabelou com Luís Mário e centrou para a área. Aí, Tuta, que estava apagado, levou a marcação; e Capixaba, sumido, “reapareceu” para, com a coxa, vencer Tavarelli e dar números finais à partida.

CAMPEONATO BRASILEIRO

GRÊMIO 1×1 CORITIBA

Grêmio: Tavarelli; Michel, Tiago Prado, Fábio Bilica e Michel Bastos; Claudiomiro, Léo Inácio, Luciano Ratinho e Rico; Marcelinho e Christian. Técnico: José Luís Plein

Coritiba: Fernando; Rafinha, Miranda, Reginaldo Nascimento e Adriano; Ataliba, Roberto Brum, Luís Carlos Capixaba e Ricardo; Tuta e Luís Mário. Técnico: Antônio Lopes
Súmula
Local:
Olímpico (Porto Alegre-RS)
Árbitro: Paulo César de Oliveira (FIFA-SP)
Assistentes: Valter José dos Reis (FIFA-SP) e Márcio Luís Augusto (SP)
Gols: Michel Bastos 15 do 1º; Capixaba 28 do 2º
Cartões amarelos: Léo Inácio, Luciano Ratinho (GRE); Rafinha, Reginaldo Nascimento, Rodrigo Batata, Josafá (CFC)
Cartão vermelho: Luciano Ratinho

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