Coritiba tenta fugir do rebaixamento

Mês novo, vida nova. Pelo menos é assim que pensa o Coritiba, que está agradecendo aos céus a passagem de outubro. Mesmo sendo o mês do aniversário do clube, houve muito pouco (talvez nada) a ser comemorado.

A equipe deixou um posto intermediário no Campeonato Brasileiro para ficar à beira do abismo do rebaixamento, trocou quatro vezes de técnico (de Cuca para Antônio Lopes Júnior, dele para Cláudio Marques e depois para Márcio Araújo), viveu uma crise institucional que desaguou em duas demissões e, pior, perdeu os oito jogos que disputou no período, a pior série negativa do Coxa na história da competição. Assim, novembro começa com a esperança da recuperação – mas com a pressão de obrigatoriamente vencer o Figueirense, às 19h30, hoje, no Couto Pereira.

A conquista dos três pontos é fundamental, tanto para a recuperação moral do elenco, quanto para a melhora na classificação, além de ser uma chance de derrotar um adversário direto. Por mais que se evite falar do assunto, o Coritiba passa a fazer contas para fugir do rebaixamento.

No momento, não há fórmulas mágicas, e sim a dependência dos próprios esforços, fruto da ?gordura? acumulada no primeiro turno e dos tropeços dos adversários diretos. ?Se nós perdemos as últimas oito partidas e ainda não estamos entre os quatro últimos, é porque tem alguma coisa boa reservada para a gente?, resume com otimismo o capitão Reginaldo Nascimento.

Mas, para atingir essa ?coisa boa?, o Coritiba terá que mostrar serviço, principalmente nos jogos em casa, além do Figueirense, a equipe receberá Corinthians, Ponte Preta e Internacional. Caso vença

essas partidas, o time estará definitivamente afastado do risco e, se arrancar pontos fora, até pode sonhar com uma aproximação à turma da Copa Sul-Americana. ?Não podemos deixar de pensar nisso. Nesse momento, não é fácil, estamos distantes, mas dependemos ainda das nossas virtudes para atingir esse objetivo?, comenta o técnico Márcio Araújo, que faz hoje seu primeiro jogo no Alto da Glória.

Só que o time que entra em campo ou melhor, o elenco do Coritiba está pressionado, tanto pela necessidade de resultados quanto pela própria decepção de passar por essa situação. ?A pior pressão é aquela que vem da gente. Sabemos que podemos fazer mais, só que não estamos conseguindo?, confessa o atacante Maia.

?Isso acontece porque eles têm consciência de tudo que pode acontecer caso haja um mau resultado nestes jogos finais?, completa o treinador coxa.

Para diminuir essa carga, a diretoria entrou em ação. Além de reduzir o preço do ingresso e receber o apoio das torcidas organizadas, o comando alviverde se reaproximou do grupo. Ontem, no último treino antes da jogo desta noite, o presidente Giovani Gionédis foi manifestar pessoalmente seu apoio. Para Márcio Araújo, mais um ponto favorável para apagar o ?outubro maldito?. ?Estamos unidos. E na hora em que torcedores, jogadores, comissão técnica e diretoria têm o mesmo pensamento aqui no Coritiba, ficamos muito fortes?, finaliza.

Ofensivo e na pressão

O Coritiba será mais ofensivo às 19h30, de hoje, no jogo contra o Figueirense. Após as críticas do presidente Giovani Gionédis à postura da equipe no Rio de Janeiro (na derrota para o Flamengo), o time alviverde será o mais próximo da base que o técnico Márcio Araújo pretende colocar em campo na reta final do Brasileiro. E é também a formação mais ?convencional? para o elenco do Coxa com três zagueiros de ofício, Nascimento de volante e dois atacantes.

Márcio não fugiu à regra Alviverde neste campeonato na 36.ª rodada: o Coritiba terá a 36.ª formação diferente. ?Contra o Flamengo, já coloquei a equipe mais próxima do que imagino ser a ideal para o Coritiba?, diz o treinador, que deposita confiança no quarteto Nascimento, Capixaba, Caio e Jackson (este último voltando à ala). ?Com eles poderemos ter uma equipe equilibrada e habilidosa?, prevê. É tanta expectativa que o técnico abdicou de dois titulares da ?era Lopes Jr.? Márcio Egídio e Humberto estão fora dos planos de Araújo, que deixa como principal opção para o meio-campo Peruíbe. Na frente, Renaldo ganha nova chance ao lado de Maia. ?Não poderíamos começar de outra maneira. Necessitamos de uma vitória, e precisamos de uma postura mais ousada e mais ofensiva?, reconhece Araújo.

CAMPEONATO BRASILEIRO
36.ª Rodada
Súmula
Local: Couto Pereira
Horário: 19h30
Árbitro: Rodrigo Martins Cintra (SP)
Assistentes: Evandro Luís Silveira (SP) e Nilson de Souza Monção (SP)
Canal 74 Premiere

CORITIBA X FIGUEIRENSE

Coritiba
Douglas; Anderson, Flávio e Vagner; Jackson, Reginaldo Nascimento, Luís Carlos Capixaba, Caio e Ricardinho; Maia e Renaldo. Técnico: Márcio Araújo

Figueirense
Édson Bastos, Paulo Sérgio, Vinícius, Cléber e Michel Bastos; Rodrigo Souto, Bilu, Marquinhos Paraná e Edmundo; Alessandro e Adriano. Técnico: Adílson Batista

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