São Paulo – Se as vitórias às vezes mascaram os erros, as derrotas acabam os evidenciando. Apesar de demonstrar a evolução da equipe, a derrota de quarta para a Ponte Preta em Campinas mostrou um Coritiba que ainda precisa de ajustes, principalmente no seu ataque.
Os erros de passes e a ausência de finalizações foram fatais para a pretensão coxa de deixar o interior paulista com três pontos (ou mesmo um). Agora, há pouco tempo para a recuperação – domingo, o Cori enfrenta o Bahia em Salvador, onde está desde a noite de ontem.
O Coritiba de quarta, mesmo perdendo, foi melhor que o de domingo. A aplicação tática e a qualidade de marcação foram quase perfeitas, eliminando as ações de ataque da Ponte. O time só não foi perfeito no sistema defensivo porque deu três chances de gol aos campineiros – e em duas delas Fernando foi vencido. “O primeiro gol deles foi decisivo, porque aconteceu em um momento em que não havia tempo para reação”, afirmou o técnico Paulo Bonamigo.
Aí, o Cori precisou atacar. E então demonstrou que ainda precisa acertar a equipe na frente. Houve um sem-número de passes errados, o que afetava as jogadas de velocidade da equipe. “Faltou uma jogada mais aguda, que colocasse o companheiro na cara do gol”, resumiu Bonamigo. “Acho que não tivemos criatividade suficiente para passar pela marcação da Ponte Preta. Precisamos acertar isso logo, e só vamos conseguir isso treinando”, corroborou o atacante Da Silva.
Treino também será necessário para acertar um detalhe fundamental. As únicas três chances de gol do Cori na quarta foram desperdiçadas, sendo que delas duas foram em jogadas de bola parada. A falta de aproveitamento do ataque se reflete no solitário gol marcado pela equipe no campeonato brasileiro, marcado por Tcheco. “Tivemos aproximação, mas faltou o último passe com qualidade. E se não temos isso, não teremos como chutar a gol”, explicou o treinador alviverde.
É um tempo exíguo – ainda mais com uma viagem no meio. A delegação coxa treinou ontem pela manhã em Campinas e somente no final da tarde rumou para São Paulo, e de lá para a Bahia. Em Salvador acontecerá apenas um dia de treinos – hoje, com trabalhos regenerativos pela manhã e uma rápida movimentação tática à tarde, ambos os trabalhos sendo realizados no estádio Manoel Barradas (o Barradão), de propriedade do Vitória.
Danilo vai ser o novo titular
São Paulo
– Se o tempo é pouco, é melhor evitar certas dores de cabeça. Como não terá os treinos que talvez imaginasse para corrigir os defeitos do Coritiba, o técnico Paulo Bonamigo deve mexer pouco na equipe para enfrentar o Bahia, domingo, na Fonte Nova. E, muito provavelmente, somente o fará na defesa, que perde o capitão Picolli, que foi expulso no jogo contra a Ponte Preta. É também um voto de confiança na equipe – e no grupo que vem sendo aproveitado.Bonamigo já definira na semana passada que os zagueiros titulares teriam seus imediatos. Se Edinho Baiano ficasse de fora por algum problema, o substituto seria Juninho. E se fosse o caso de Picolli desfalcar a equipe, o escolhido seria Danilo. E essa tendência se confirmou ainda no vestiário do estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. “Na função do Picolli vai jogar o Danilo”, resumiu o treinador alviverde.
E deve ficar apenas nessa alteração. A mudança possível (ou imaginável), que envolveria a entrada de Sérgio Manoel, não deve acontecer, porque o meio-campista segue em tratamento dos problemas no pé direito, e a ressonância magnética feita no atleta ainda indicou uma tendinite no local. Mais – Bonamigo não pretende alterar sensivelmente a equipe porque está sentindo evolução no time. “Jogamos bem contra a Ponte Preta, mas todos sabemos que a equipe precisa de ajustes, que podem ser feitos gradualmente”, afirmou o técnico.(CT)