Coritiba só pensa em Paranaguá

Copa Libertadores? Não fale disso perto do técnico Antônio Lopes – pelo menos até o final do jogo de hoje, às 16h, contra o Rio Branco, no estádio Nelson Medrado Dias. O Coritiba tenta se focar apenas no campeonato paranaense, até porque a partida desta tarde vale (se vencer) a classificação antecipada para a segunda fase, e por conseqüência a tranqüilidade necessária para encarar as duas primeiras partidas do torneio continental.

A importância de pensar apenas no jogo de hoje fica clara no discurso do treinador. “Não é hora de falar em Libertadores. O negócio é pensar no Rio Branco, nas dificuldades que vamos ter em Paranaguá e no que temos que fazer para conseguir a vitória”, comenta Lopes. Na coletiva de ontem, ele manifestou desagrado toda vez que se perguntava sobre o jogo contra o Sporting Cristal. Quando inquirido sobre a possibilidade (negada na segunda) de entrar com um time misto, o técnico foi seco. “Nada de time misto. Vão todos os titulares.”

Antônio Lopes faz isso para evitar que o clima da competição sul-americana tome conta do elenco. É, inevitavelmente, um teste para o elenco, que terá que fazer essa dissociação entre campeonatos durante quase toda a temporada. “Agora é hora do campeonato paranaense. O jogo contra o Rio Branco será difícil, e precisamos ter cuidado e atenção”, resume o zagueiro Danilo.

Mais ainda porque o jogo é em Paranaguá, e apesar de Lopes garantir que o Coxa será o mesmo das partidas em Curitiba (“Não tem que mudar nada”, diz), os trabalhos da semana foram basicamente de situações defensivas. “A gente precisa ter o contra-ataque bem ajustado, porque isso vai fazer a diferença”, avisa o atacante Luís Mário, que volta ao time esta tarde (ver matéria).

A principal preocupação de Lopes está nas bolas alçadas à área coxa. Como a Estradinha tem dimensões reduzidas, o treinador sabe que os cruzamentos podem ser feitos da intermediária, e por isso trabalhou o fundamento terça e ontem. E os zagueiros que não errassem (e não errem), porque ficavam prestes a ouvir broncas homéricas do ?delegado?. “O importante é acertar o posicionamento”, resume o técnico.

E, como prometido, ninguém será poupado. Apesar de não treinarem ontem, Fernando, Roberto Brum e Luís Mário estão confirmados no time que chegou ao litoral na tarde de ontem. “É hora de todos jogarem. É uma partida decisiva”, diz Lopes. E é verdade: se vencer, o Coxa empata em pontos com o Atlético (com um jogo a mais) e garante vaga na segunda fase do Paranaense. “Esta é a nossa primeira decisão no ano”, finaliza o zagueiro Danilo.

Luís Mário, a “grande estrela”, volta ao Coritiba

Ele está de volta. Depois de cumprir suspensão automática e desfalcar o Coritiba no clássico Atletiba do último domingo, Luís Mário é a principal novidade do time que enfrenta o Rio Branco hoje, em Paranaguá.

Além disso, o atacante é a grande atração do campeonato paranaense – pelo menos, enquanto Aristizábal não estréia. E é a referência técnica alviverde, a esperança para hoje e para o primeiro jogo da Libertadores.

O “Papaléguas” fez falta no Atletiba, e nem mesmo o técnico Antônio Lopes esconde isso. “Ele é um jogador diferenciado, que nos traz boas opções de ataque por causa da sua velocidade. E o Luís é experiente, tem conhecimento de jogos importantes. É uma peça muito importante”, confessa o comandante coxa.

Para completar, Luís Mário ainda é o ?tutor? da turma de novos atacantes do Cori, que usarão ele e Ari como principais exemplos. Fora do Atletiba, sua tarefa foi tranqüilizar Bruno e principalmente Laércio, que faria sua primeira partida nos profissionais. “Ele foi no meu quarto lá na concentração, e me passou muita tranqüilidade. Gostei da atitude dele”, comenta o “Pérola Negra”.

Tais atitudes transformam o atacante no ?querido? da diretoria e da comissão técnica. Para ele, tudo normal. “A gente tem que se entregar ao clube que defende. Eu vim aqui para ajudar, e é isso que pretendo fazer”, resume Luís Mário, a primeira grande contratação coxa para a temporada 2004.

De volta ao time, ele reedita a dupla com Bruno, que apesar de ter jogado uma partida e meia, só treinou junta na terça. “Pois é. A gente se entendeu tão bem mesmo sem ter feito um trabalho sequer”, comenta Luís, que empolga seu jovem companheiro. “Ele joga muito, faz as coisas parecerem mais fáceis”, diz o “Boi Branco”, animado com o retorno do parceiro. Assim como a torcida coxa.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo