Coritiba sem vitórias e sem gols no brasileiro

O Coritiba entra em campo domingo (16h, no Couto Pereira) contra o São Caetano para tentar quebrar dois jejuns.

O primeiro, e mais longo, é o da falta de vitórias – afinal, o time não vence desde 22 de abril, quando suplantou o Guarani na estréia do campeonato brasileiro. O outro, tão preocupante quanto, é a falta de gols – há mais de 270 minutos (três partidas), o ataque alviverde não sabe o que é estufar as redes adversárias.

A escassez de gols, se mesurada, deixa ainda mais preocupações. O Coritiba tem um dos piores ataques do brasileiro, ao lado do Guarani, com cinco gols em oito partidas (média de 0,625 por jogo). Mesmo equipes atrás na tabela, como Flamengo, Botafogo e Paysandu, que sequer venceram na competição, marcaram mais que o Coxa.

Para o técnico Antônio Lopes, há explicações. “Nós tivemos problemas no setor durante todo esse início de campeonato. Contamos muito poucas vezes com nossos três atacantes, e isso faz diferença”, comenta. É verdade – em apenas três jogos o Cori teve Tuta, Aristizábal e Luís Mário. Nos confrontos com Guarani, Fluminense e Internacional, foram uma vitória e dois empates, marcando três gols e sofrendo dois.

Só que, mesmo com os atacantes em campo, os números são fracos. Tanto que Aristizábal e Jucemar (o último a marcar, na partida contra o São Paulo) são os “artilheiros” do Coxa, até agora com dois gols cada. O outro tento alviverde foi marcado por Tuta, que voltou ao time – junto com Luís Mário – nos jogos frente a Atlético-MG e Palmeiras, em que a ofensiva alviverde passou em branco.

Pode contar para isso o desentendimento entre Tuta e Luís, que ficaram semanas sem conversar. “Mas isso não atrapalhou o desempenho em campo. Nós tabelamos e jogamos juntos”, diz o “Papa-léguas”. Se esse não foi o problema, Antônio Lopes tomou uma decisão: obrigou os jogadores a treinarem exaustivamente finalizações nesta semana.

O resultado está sendo visto nos treinos táticos e coletivos, onde o rendimento melhorou. “O importante é que os atletas percebem que o realizado nos treinamentos vai ajudar na hora do jogo”, elogia Lopes, que exige presença ofensiva dos três atacantes e também de Luís Carlos Capixaba, que será o único armador coxa contra o São Caetano.

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