Coritiba repete ano passado e torce pelo Atlético se chegar à liderança

Após a vitória no clássico, o Coritiba alcançou sua melhor posição no campeonato brasileiro. A terceira colocação, apenas dois pontos atrás do líder Cruzeiro (que tem um jogo a menos) cria a expectativa de chegar à liderança da competição com uma vitória sobre o Bahia, quinta, às 16h, na Fonte Nova. É motivo para animação, e por isso mesmo o técnico Paulo Bonamigo pede calma para todo mundo.

Para tomar a liderança do Cruzeiro, o Coritiba precisa (além de ganhar em Salvador) torcer por um tropeço dos mineiros contra o Flamengo, amanhã, no Rio de Janeiro. Com a combinação, a ponta da tabela será alviverde, tendo no entanto um jogo a mais que os rivais diretos. Para manter-se à frente, o Cori ainda tem que esperar derrotas do mesmo Cruzeiro para o Juventude em Caxias e do Santos para o Atlético no Joaquim Américo.

Se isso se concretizar, haverá coincidências interessantes. O próprio Bonamigo explica: “É incrível, mas assumiríamos a liderança na mesma rodada que assumimos no ano passado”, afirma o treinador alviverde. Para completar, em 2002 o Cori tomou a ponta em uma quinta, vencendo a Portuguesa – e neste ano pode ser também em uma quinta, só que dessa vez contra o Bahia.

Bonamigo só não quer que o restante da campanha seja coincidente com a do ano passado. “Ano passado, nós nos descuidamos e depois não conseguimos mais nos recuperar. Não podemos ficar pensando só em jogar, temos que ter aplicação”, pede o treinador. No ano passado, o Cori chegou a marcar três gols em um jogo, mas na mesma partida sofreu cinco – do Juventude, em Caxias do Sul.

Aquele jogo foi emblemático no trabalho alviverde. “Nós perdemos a identidade naquele momento do Brasileiro. Dali em diante foi difícil para recuperar”, confessa Bonamigo. Por isso que ele não perde um instante de conversa para reiterar o pedido de mobilização. “Desta vez, a equipe precisa chegar, pois os três primeiros lugares vão para a Libertadores. E nesse sobe-e-desce do Brasileiro, temos que manter a regularidade a qualquer custo”, finaliza.

Time pode ter quatro desfalques em Salvador

Nem deu para comemorar muito. A vitória no Atletiba já ficou para a tabela de classificação, e o técnico Paulo Bonamigo já precisa pensar na escalação alviverde para a partida contra o Bahia, na quinta, às 16h, na Fonte Nova. Ele não poderá contar com três titulares, e ainda precisa esperar a recuperação de um quarto – justamente o artilheiro da equipe no Brasileiro.

O atacante Marcel é a grande dúvida do Coritiba para o jogo de Salvador. Ele está com uma contratura na coxa esquerda (sofreu a lesão no lance em que acertou a trave atleticana no sábado), mas o treinador e os médicos ainda acreditam em uma recuperação. “É uma contusão de grau mais leve que a do Reginaldo Nascimento, por exemplo. É uma chance pequena, mas há possibilidades dele jogar”, explica o médico William Yousef.

O teste decisivo é no treino desta manhã, no Alto da Glória. “Se ele treinar, viaja para Salvador”, garante Bonamigo. “Vamos esperar até o último momento. Estou confiante”, diz o centroavante. Mas, se Marcel não jogar, o escalado para o ataque será Marco Brito, que voltaria à equipe titular após um bom tempo.

Nas posições de Roberto Brum, Edu Sales e Lima, os “substitutos” já estão praticamente definidos. No ataque, deve entrar Alexandre Fávaro, fazendo função semelhante à de Lima. Tcheco ganharia mais liberdade no meio, já que Reginaldo Nascimento ocuparia a vaga de Roberto Brum e Willians completaria o meio-campo. Com as alterações, Jackson fica mantido na ala-direita.

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