Coritiba reduz o orçamento para 2006

Multiplique R$ 530 mil por doze. O resultado é o seguinte: R$ 6.360.000,00. É este o valor que o Coritiba perderá em seu orçamento 2006 por conta do rebaixamento para a segunda divisão. Além da redução da verba do Clube dos 13, o Coxa sofrerá com a diminuição da exposição e a conseqüente reavaliação de contratos publicitários e de fornecimento de material esportivo. Para poder contar com o maior valor possível para investir no departamento de futebol, a diretoria vai interromper todos os projetos programados para o ano que vem.

Isto, é claro, depende do que acontecer no cenário político nos próximos dias. A oposição, que entrou com um recurso para mudar o resultado das eleições de segunda-feira passada, estuda a proposta do presidente Giovani Gionédis de formar um ?governo de coalizão?, com a divisão dos cargos e do poder executivo. Caso isto não aconteça, as duas correntes vão para a ?batalha jurídica? no conselho de administração – os correligionários de José Antônio Fontoura garantem que o recurso está embasado e será aceito; a situação confirma que tem documentos que provam a legalidade do pleito, e seu resultado (67×66 para Gionédis).

Enquanto isto, o novo comando do futebol segue suas reuniões, já sabendo da redução orçamentário. ?São pouco mais de seis milhões de reais que não entrarão em nossos cofres?, comenta o presidente coxa, que no primeiro contato com o assessor José Hidalgo Neto, o diretor de futebol Almir Zanchi e o superintendente Odivonsir Frega já avisou que o dinheiro será curto. ?Passei o orçamento para eles, e está claro que não sairemos deste valor?, resume. ?Será mais difícil, mas é assim que tem que ser?, diz o Capitão Hidalgo.

Para tentar minimizar os efeitos da falta de dinheiro, a diretoria do Coritiba decidiu adiar os investimentos em patrimônio. ?Tudo que for possível será canalizado para o futebol. Estamos interrompendo todos os outros projetos?, explica Giovani Gionédis. Seguem as obras em andamento, como a construção de um restaurante e do memorial do clube no Couto Pereira. Mas planos como a ampliação do CT da Graciosa e a construção de um hotel-concentração para o time profissional ficam para depois.

Assim, o presidente afirma que o dinheiro para contratações será quase o mesmo de 2005. ?Nossa intenção é ter quase o mesmo valor mensal que tivemos nesta temporada. A diferença é que vamos investir de uma maneira diferente?, diz Gionédis. Uma implicação é a criação de um teto salarial, que seria de R$ 25 mil – mas com exceções. E mesmo com as dificuldades, a promessa é da formação de um grupo forte. ?Nós vamos ter uma equipe de bons valores?, finaliza Hidalgo.

Técnico

Márcio Araújo está em São Paulo, e deve voltar amanhã à Curitiba. Ele espera o final do imbróglio jurídico para ter sua situação definida, mas há a possibilidade de, mesmo sem acerto político definitivo, o treinador ter sua renovação anunciada. Márcio já deixou claro para o presidente Giovani Gionédis que pretende permanecer no Coritiba.

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