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Não há mais meio-termo. Depois de três derrotas, o Coritiba enfrenta o Grêmio, hoje, às 20h30, no Couto Pereira, com um único objetivo: vencer. E vencer significa recuperar-se no campeonato brasileiro, afastar a possibilidade de crise e voltar a encostar nos líderes da competição. Apesar dos últimos maus resultados, o Cori ainda depende só dos próprios esforços para chegar à segunda fase do Brasileiro.
E, para isso, um caminho se abre – o das vitórias em casa. Serão quatro jogos no Alto da Glória (Grêmio, Cruzeiro, Figueirense e Paraná Clube), e que se forem convertidos em doze pontos, praticamente classificam o Coritiba. “Nós temos que manter a nossa força dentro do Alto da Glória”, confirma o técnico Paulo Bonamigo, que também sabe que o time precisará arrancar alguns pontos nos cinco jogos longe de casa (Juventude, Atlético, Internacional, Atlético-MG e Gama).
O treinador aproveitou o pouco tempo que teve para conversar com os jogadores, tentando deixar todo o elenco concentrado. “Esse é o momento mais importante para a equipe”, confirma Bonamigo, que chegou a ficar reunido quase uma hora com os jogadores na segunda. Ele aproveitou fatos ocorridos nos últimos dias (dentro e fora de campo, como o acidente de carro do atacante Jabá) para tentar recolocar a equipe na rota da classificação.
Apesar de ainda estar entre os oito melhores da competição, o Coritiba caiu sensivelmente na tabela. Quando conseguiu a última vitória (26/09, contra a Portuguesa), a combinação de resultados até então deixava a equipe virtualmente classificada. Agora, em sétimo lugar, o Cori pode até deixar o G-8 com uma derrota para o Grêmio. Uma rápida olhada na temporada comprova a dificuldade do time em se acertar: em 44 jogos, foram 17 vitórias, 10 empates e 17 derrotas. Em aproveitamento de pontos, 46,21%.
A irregularidade, segundo Bonamigo, não é ‘privilégio’ do Coritiba. “Nenhuma equipe no Brasileiro pode ser considerada regular. Em uma competição como essa, não se consegue jogar todas as partidas”, explica, sem tomar isso como justificativa. “Mas nós precisamos saber porque a equipe não conseguiu mais vencer e tentar corrigir isso o mais rápido possível”, completa.
E o momento de conseguir isso é agora, mesmo sendo o adversário um dos que mais evoluíram durante o campeonato brasileiro. “O Grêmio é uma equipe muito forte, que tem uma base montada há mais de um ano, e que será um adversário muito difícil”, confirma Bonamigo. Apesar disso, ele sabe que o Cori – mais do que nunca – precisa retomar o bom aproveitamento em casa (em oito jogos, foram seis vitórias). “No Couto Pereira, temos a obrigação de impor o nosso estilo de jogo e de vencer”, finaliza o treinador alviverde.
Ingressos
Foram colocados à venda para a partida de hoje quinze mil ingressos, com a possibilidade de uma carga extra de cinco mil ser utilizada. Os preços são os seguintes: arquibancada, R$ 15,00; cadeira inferior, R$ 30,00; cadeira superior, R$ 50,00; menores, mulheres e estudantes, R$ 10,00. Os sócios de todas as categorias têm acesso livre ao Couto Pereira.
Coritiba reforça marcação
A ?era? dos dois armadores acabou no Alto da Glória, pelo menos por enquanto. O técnico Paulo Bonamigo resolveu voltar a usar dois volantes, reforçando a marcação e tentando remontar o sistema tático que funcionou durante a maior parte do campeonato brasileiro.
Assim, Ataliba ganha a grande chance desde que voltou do futebol japonês, há dois meses. Além dele, Danilo, Willians e Da Silva são as novidades da equipe.
A entrada de Ataliba surpreendeu a todos que viram o coletivo de ontem, no Alto da Glória, mesmo que, antes do treino, Bonamigo já anunciara que não repetiria a dupla Sérgio Manoel e Lúcio Flávio. “Não deu certo. A característica do time é contar com dois homens de marcação no meio-campo”, avalia o treinador. E Pepo, que seria o favorito, acabou perdendo para o volante, que passou a temporada no Vissel Kobe.
Ele terá a obrigação de ser o ?responsável? pela recuperação tática do Cori. “Nós temos uma forma de jogar, e não podemos ficar longe dela”, explica Bonamigo, que garante que o Coritiba não será um time defensivo.
Para Ataliba, será um recomeço. Ele fez seu último jogo pelo Cori ano passado, contra a Ponte Preta. Depois de passar pelo Oriente, ele garante que aprendeu ainda mais a importância da marcação. “Lá eles não trocam passes, preferem jogar em velocidade. E isso foi muito importante para mim”, explica o volante, que diz só ter olhos para o Grêmio. “Não quero mais pensar no Japão”.
Passos atrás de Ataliba estará Willians, que substitui Reginaldo Nascimento, mas uma vez vetado. Apesar de ter treinado normalmente na segunda, o meio-campista (agora zagueiro) não resistiu às dores no joelho e foi novamente vetado. Ao lado de Willians estarão Edinho Baiano e Danilo, que será o substituto do suspenso Picolli.
Para completar, Da Silva entra no lugar de Jabá – o atacante finalmente recuperou-se das dores na coxa. “Agora estou bem, e louco para jogar”, afirma Da Silva, que deixou o acidentado Jabá no banco. Este, por sinal, demostrou estar abatido com a situação, inclusive sendo chamado por Bonamigo para uma conversa após o treino. Depois de Jabá, foi a vez de Sérgio Manoel, outro que ficará no banco.
Mudanças
O Grêmio terá uma nova formação de meio-campo contra o Cori. Sem Gavião e o artilheiro Rodrigo Fabri, o técnico Tite sacou a promessa Bruno e deve escalar Emerson e Lauro ao lado de Tinga. Os outros dois desfalques do time gaúcho (que chegou ontem à tarde em Curitiba) serão os zagueiros Claudiomiro e Anderson Polga e o atacante Adriano Chuva, ex-Paraná. Pedrinho, Roger e Guilherme deverão ser os respectivos substitutos.