O goleiro Fernando será fundamental para segurar a pressão do alçapão de São Januário, esta tarde. |
Sempre é bom ser líder. E é com esse gosto que o Coritiba quer terminar o sábado no Rio de Janeiro. Vencendo o Vasco, hoje, às 16h, em São Januário, o Cori assume (pelo menos por um dia) a liderança do campeonato brasileiro, igualando-se em pontos com Atlético, Juventude e São Paulo – dependendo também dos resultados do tricolor paulista e do Atlético-MG.
E a partida desta tarde tem uma característica especial para a jovem equipe do Coritiba – agora o time é respeitado, ao contrário do que geralmente acontece. E, como já acontecera contra o Palmeiras, o Cori enfrenta o Vasco em igualdade de condições – ou mesmo na condição de favorito, já que o adversário vive má fase e perdeu em casa na quarta para o Atlético-MG.
Mas isso não significa que o Coritiba vai ser uma equipe calcada na soberba. “Nós estamos mantendo nosso jeito, respeitando os adversários e jogando com muita humildade”, garante o técnico Paulo Bonamigo, que comandou ontem o último treino da equipe no estádio Álvaro Chaves, nas Laranjeiras. “Aproveitamos para receber energias positivas de um lugar histórico no futebol brasileiro”, aproveita o secretário Domingos Moro, que chefia a delegação alviverde.
A humildade pregada por Bonamigo significa basicamente respeitar o adversário acima de tudo, mesmo quando ele está em um mau momento e cheio de desfalques – justamente o caso do Vasco. “Não será nada fácil, pode ter certeza”, afirma o treinador, que quer em campo uma equipe com a mesma disposição apresentada no Parque Antártica. “Jogar em São Januário é sempre complicado, e todos aqui sabem a dificuldade que vamos enfrentar”, diz.
Se não consegue manter a equipe, ao menos Paulo Bonamigo coloca em campo pela sétima vez no campeonato brasileiro a sua equipe com a mesma formatação tática. “Os jogadores já estão acostumados a jogar nesse sistema”, garante Bonamigo. Para a partida de hoje, a novidade é a entrada de Lira, que substitui o suspenso Adriano. “Já sei o que o Bonamigo quer, e sei que posso ajudar o Coritiba”, diz o lateral.
O grande segredo do esquema coxa é a marcação de meio-campo, que poderia ser mais fraca e na verdade ganha força com a ajuda dos dois armadores – Tcheco e Lúcio Flávio. “Nossos jogadores entenderam que quando não tivermos a posse de bola é necessária a marcação. E o Tcheco, o Lúcio e mesmo o Lima são muito importantes na nossa retomada de bola”, elogia Bonamigo, de posse dos dados que colocam o Cori como equipe que mais retoma a bola na competição.
Com uma mudança mas a mesma tática
Se não consegue manter a equipe, ao menos Paulo Bonamigo coloca em campo pela sétima vez no campeonato brasileiro a sua equipe com a mesma formatação tática. E o acerto gradual da equipe é visível, e é uma das armas do Coritiba para vencer o Vasco esta tarde, no Rio de Janeiro. Isso permite inclusive que o treinador possa trabalhar outros detalhes entre os jogos, num espaço que geralmente é curto.
O único trabalho com bola realizado pelo grupo alviverde antes do jogo de hoje aconteceu na manhã de ontem, no estádio Álvaro Chaves, nas Laranjeiras. E, por ser véspera de jogo, não haveria como fazer algo mais aprofundado. “É o momento de acertar algumas coisas e trabalhar a bola parada”, explica o treinador, que prefere não expor os atletas a uma carga forte de treinos neste momento do Brasileiro.
E o técnico tem a vantagem de não precisar treinar taticamente a equipe. “Os jogadores já estão acostumados a jogar nesse sistema”, garante Bonamigo. De fato – o 3-5-2 é usado desde o ano passado, e a formação com Reginaldo Nascimento como terceiro zagueiro emplacou no Brasileiro. “Só tive que mudar uma vez, e mesmo assim com a entrada do Pepo, que cumpriu bem a função”, relembra. Para a partida de hoje, a novidade é a entrada de Lira, que substitui o suspenso Adriano. “Já sei o que o Bonamigo quer, e sei que posso ajudar o Coritiba”, diz o lateral.
O grande segredo do esquema coxa é a marcação de meio-campo, que poderia ser mais fraca e na verdade ganha força com a ajuda dos dois armadores – Tcheco e Lúcio Flávio. “Nossos jogadores entenderam que quando não tivermos a posse de bola é necessária a marcação. E o Tcheco, o Lúcio e mesmo o Lima são muito importantes na nossa retomada de bola”, elogia Bonamigo, de posse dos dados que colocam o Cori como equipe que mais retoma a bola na competição.
Retrospecto
O Coritiba nunca teve boa sorte jogando em São Januário. Em sete partidas válidas pelo campeonato brasileiro, teve apenas uma vitória, em 80 – quando a equipe chegou às semifinais da competição. De resto, foram cinco derrotas e um empate. A última partida entre as duas equipes realizada no campo do Vasco aconteceu em 98, com vitória carioca por 3 a 1. No Rio, são no total dez jogos, com duas vitórias do Cori, um empate e sete derrotas. (CT)
Vasco quer reabilitação, mas sofre com desfalques
(Lancepress!) O Vasco recebe o Coritiba tentando voltar a vencer em casa, o que não acontece desde a primeira rodada do campeonato brasileiro, quando bateu o Figueirense. Será a oportunidade também do iugoslavo Petkovic, a maior contratação da equipe para a competição, conseguir seu primeiro resultado positivo com a camisa vascaína.
O Vasco busca se recuperar de seu pior início de Campeonato Brasileiro na história, com cinco derrotas em sete jogos. Com apenas seis pontos ganhos, o clube ocupa a modesta 20ª posição na tabela de classificação. A situação está delicada e a torcida já perdeu a paciência. Protestou bastante durante a derrota em casa para o Atlético-MG na última rodada. A diretoria reforçou a segurança em São Januário depois que integrantes de uma facção das torcidas organizadas invadiu São Januário.
Nesse clima, o time vascaíno recebe o Coritiba cheio de problemas também dentro de campo. Se não já não vinha contando com Léo Lima, o treinador Antônio Lopes perdeu o meia Ramon mais uma vez. Ele voltou a sentir dores na coxa direita e está vetado. Assim, o iugoslavo Petkovic ficará sozinho com a missão de comandar a jovem equipe. As outras baixas no Vasco são Rodrigo Souto e Bruno Lazaroni. Nada, porém, abate Lopes. “Temos que levantar a cabeça e trabalhar para voltar a vencer novamente. O Vasco tem jogado bem e não merecia perder algumas partidas”.
Censura
O presidente vascaíno Eurico Miranda aprontou mais das suas nesta semana. Quinta, ele vetou a entrada de jornalistas que, segundo ele, “prejudicam o clube”.