Bendita economia. O Coritiba bateu o Criciúma, ontem à noite no Couto Pereira, chegando à 12.ª colocação do Campeonato Brasileiro. Foi a terceira vitória consecutiva do time de Antônio Lopes. Mais uma vez pelo placar mínimo, uma “marca registrada” em todos os resultados positivos obtidos em casa. Em um jogo de baixo nível técnico, valeu pela disposição física das equipes e pela competência de Tuta na cobrança do pênalti que assegurou mais três pontos ao Alviverde.
O torcedor coxa já está habituado com a rotina do seu time. Sem criatividade e errando passes em demasia, o Coritiba encontra grande dificuldade para “furar” defesas adversárias. Ainda mais quando do outro lado está um time pré-disposto a jogar pelo empate. O técnico do Criciúma deixou claro que retornaria à Santa Catarina satisfeito com o empate. Não fosse um lance isolado, o Criciúma teria alcançado seu objetivo de se manter invicto diante dos times paranaenses (anteriormente, havia goleado Atlético e Paraná).
Adriano e Jucemar pouco foram utilizados e exagerando nas jogadas centralizadas, o Coxa parou em uma marcação bem postada. Tanto que o time catarinense se aventurou a rápidos contragolpes que quase foram transformados em gols. Marcos Denner deu muito trabalho a Miranda e Alexandre e por pouco não abriu o placar no último minuto da etapa inicial. Antônio Lopes foi para o vestiário se queixando da falta de precisão nos passes e da atuação “apagada” das peças ofensivas. Tuta e Aristizábal pouco participaram do jogo.
Mesmo com Pepo no lugar de Juninho, que deixou o campo lesionado, o Coritiba não mudou sua dinâmica. Logo no início, o Criciúma quase abriu o placar com Vágner Carioca, que “carimbou” a trave. A partida seria definida pouco depois. Em cobrança de escanteio, Vágner Carioca mandou contra as próprias redes, mas o árbitro Romildo Correa viu um puxão de Geninho em Tuta e marcou a penalidade máxima. Tuta cobrou com precisão, no canto direito, para colocar o Coritiba em vantagem: 1×0.
Só a partir de então o Criciúma ousou e ao lançar-se à frente, ofereceu mais espaços ao Coritiba. No final, Vágner Benazi escalou dois atacantes nas alas, lançando seu time à frente. Reclamou veementemente contra a arbitragem, pelas sucessivas faltas marcadas nos cruzamentos de sua equipe à área adversária. Num jogo de “seis pontos”, o Coritiba superou um rival direto e comprovou o crescimento da equipe. Tuta, que já havia tido participação decisiva nas vitórias sobre Flamengo e Goiás, repetiu a dose e fez seu 8.º gol no Brasileirão.
CAMPEONATO BRASILEIRO
23ª Rodada
Local: Couto Pereira (Curitiba).
Árbitro: Romildo Correa (SP).
Assistentes: Evandro Luís Silveira (SP) e Hilton Francisco de Melo (SP).
Renda: R$ 71.805,00.
Público: 6.345 pagantes (7.346).
Gol: Tuta (pênalti) a 12? do 2º tempo.
Cartões amarelos: Jucemar, Roberto Brum e Tuta (Coritiba). Fernandinho, Geninho e Athos (Criciúma).
Expulsão: Miranda a 19? do 2º tempo.
Coritiba 1 x 0 Criciúma
Coritiba
Fernando; Jucemar, Miranda, Alexandre e Adriano; Roberto Brum, Juninho (Pepo), Luís Carlos Capixaba e Cléber (Ricardinho); Tuta e Aristizábal (Flávio). Técnico: Antônio Lopes
Criciúma
Fabiano; Alex (Marcinho), Ronaldo, Duílio e Baroni (Fábio Oliveira); Cléber Gaúcho, Geninho (Alexandre), Fernandinho e Athos; Vágner Carioca e Marcos Denner. Técnico: Vágner Benazzi.
