De folga na rodada de meio de semana, a turma do Coritiba vai grudar os olhosna televisão para assistir ao confronto do Paraná contrao Flamengo pela Copa Libertadores. Enquanto o primeiro adversário do Alviverde na segunda fase do Campeonato Paranaense se esfola contra os cariocas, comissão técnica e jogadores têm a oportunidade de avaliar melhor o rival para o clássico de domingo. Mesmo assim, ninguém quer assumir o favoritismo no CT da Graciosa e todos garantem que a tabela da seqüência da competição será boa se o time corresponder.
?Eu sempre parto da premissa que o time faz a tabela. Sabemos as dificuldades que vamos ter, é um grupo forte, mas temos que fazer a nossa parte e estrear em casa perante nosso torcedor é importante?, analisa o técnico Guilherme Macuglia. Mais do que isso, para o treinador, é a oportunidade de poder ver o adversário atuar e ter mais tempo de estudar como enfrentá-lo. ?Quanto mais virmos o adversário jogar, melhor. É uma competição diferente, mas nós vimos o Paraná atuar com equipe titular, equipe mista e temos uma idéia do que vamos enfrentar?, aponta.
De acordo com o goleiro Artur, sentar para assistir ao Paraná pode ser uma vantagem, mas não é garantia de nada para o clássico de domingo. ?São dois campeonatos completamente diferentes. Pode ter certeza que, no regional, vai ser um outro jogo?, pondera. Mesmo assim, ele não vai sair de frente da tevê. ?Vamos observar, ver o que o Paraná tem de melhor para podermos anular no domingo. Temos tudo para fazermos um grande jogo contra eles?, destaca.
Time
Enquanto a tabela nem era apresentada na sede da Federação Paranaense de Futebol, Macuglia já comandava o primeiro trabalho técnico da semana. Mesmo sem saber quem iria enfrentar, ele começou a pensar na equipe para o confronto contra o Tricolor e que pode ser o mesmo contra a Ulbra (RO). O único desfalque para essas duas partidas será o volante Rodrigo Mancha, suspenso.
O substituto só será definido na sexta-feira e pode ser um zagueiro, um outro volante ou até mesmo mais um meia.
Segundo o treinador alviverde, competem pela vaga Douglão, se a opção escolhida por atuar no 3-5-2, Adriano, sem nenhuma mudança na forma da equipe atuar, ou Caíco ou Geraldo se ele quiser um time mais criativo. Nesse caso, um dos dois e mais Pedro Ken teriam que se comprometer em dar um pouco mais de combate na meiúca coxa.
Douglas Silva agrada e cai nas graças da torcida
Não demorou muito para o lateral-esquerdo Douglas Silva assumir a titularidade do Coritiba. Em pouco mais de uma semana, ele foi contratado, começou os treinamentos no CT da Graciosa e estreou com a camisa 6. Em cinco jogos, ele já caiu nas graças da torcida e até marcou um gol. ?Todo jogador vem para jogar e comigo não era diferente. Estava trabalhando, tive a oportunidade de sair bem junto com a equipe e, graças a Deus, estou conseguindo me manter como titular e quero manter isso até o final do campeonato?, analisa o jogador de 23 anos.
Gaúcho da capital, ele mantinha a forma treinando no Porto Alegre (clube de Assis Moreira, irmão de Ronaldinho Gaúcho) e chegou praticamente pronto para atuar. ?Eu estava no final da pré-temporada e a única coisa que eu não estava fazendo era jogar, mas eu estava esperando só isso e apareceu esse convite do Coritiba e vim para cá nesse final de pré-temporada e estou pegando o ritmo de jogo com os meus companheiros?, destaca.
Nome de guerra
De tão integrado ao novo clube, ele nem se importou com o fato de parte da imprensa ter agregado o Silva ao seu nome de ?guerra?. ?Até porque tem o outro Douglas, que é daqui, mas estou tranquilo. É legal, algumas pessoas podem confundir com o Douglas Silva que jogou no Flamengo, mas é gostoso ser chamado por Douglas Silva?, finaliza.
Como não atuou nos confrontos contra Atlético e Paraná, ele vai encarar seu primeiro clássico no domingo. ?É onde todo jogador gosta de jogar e não é diferente comigo. Esse clássico é muito importante porque é a largada da segunda fase e porque estaremos diante da nossa torcida?, diz.
Agora, no entanto, ele sabe que o nível de dificuldade do campeonato aumenta. ?É uma nova fase e nós vencemos na classificatória. Agora, o entrosamento deles já é maior e nós temos que tomar cuidado porque é um clássico e onde prevalece os detalhes?, avisa.