O tempo é curto, e alguns problemas teimaram em aparecer justo agora. O Coritiba pode perder um de seus destaques para a partida de quarta-feira, jogo único das quartas-de-final do campeonato paranaense. O atacante Edu Sales torceu o joelho na partida contra o Paranavaí e preocupa a comissão técnica. E a lesão aconteceu em um jogo sem valor nenhum para a classificação alviverde.
Já na partida contra a ADAP o Coritiba garantira o primeiro lugar da fase inicial. Com o ?título?, vieram as vantagens: em todas as séries (quartas-de-final, semifinais e final), o Coxa tem a possibilidade de jogar por empates e decidindo no Alto da Glória. Como a série de quartas-de-final tem apenas um jogo, não seria errado dizer que o Cori joga, a partir de agora, por cinco empates para conquistar o título estadual – que não detém desde 1999.
E muito por isso o técnico Paulo Bonamigo pretendia inicialmente colocar uma equipe mista em Paranavaí. A mudança de planos (devido à derrota para o Ituano) serviu para mostrar que o time tem superioridade visível sobre os times do interior. O empate no Noroeste veio mais por uma queda de rendimento no segundo tempo, junção de um desgaste físico com um certo desinteresse natural. Esse desgaste até que não comprometeu clinicamente os jogadores, já que apenas Adriano saiu por cansaço (que se somou a uma leve torção no pé). Poderia ser pior, porque a série de jogos, o forte calor de Paranavaí e o lastimável estado do gramado do Valdomiro Wagner atrapalharam – e muito – a vida coxa, tanto que o Paranavaí fez um gol logo a dois minutos de jogo. “Mas o importante foi que a equipe mostrou calma em todos os momentos da partida”, comenta Bonamigo.
Problema
Melhor jogador em campo no primeiro tempo do jogo de sábado, Edu Sales torceu o joelho esquerdo em uma dividida com o zagueiro Marcelo, que acabou se projetando sobre a perna do atacante coxa. Edu sequer conseguiu deixar o gramado andando e passa a ser o principal foco de preocupação do departamento médico do Coritiba. Edu passará por uma reavaliação clínica amanhã pela manhã.
Empate com recorde de público em Paranavaí
Foi uma tarde quente e animada. Paranavaí e Coritiba (os dois melhores times do campeonato paranaense) fizeram uma partida recheada de bons momentos, principalmente no primeiro tempo, e acabaram empatando sábado em 2 a 2, para quase quinze mil pessoas (recorde público no campeonato) que compareceram ao estádio Valdomiro Wagner. Os destaques foram os atacantes Edu Sales e Neizinho, que marcaram dois gols cada.
O time da casa começou à toda. Logo aos dois minutos, Jean cobrou lateral para Neizinho, que passou por Reginaldo Nascimento e chutou forte, vencendo Fernando. Parecia que a história de Itu ia se repetir, mas desta vez o Coritiba manteve a calma e passou a dominar o jogo com facilidade. Aos 12 minutos, Edu Sales foi derrubado na área, mas o árbitro José Francisco de Oliveira não marcou a penalidade.
A resposta coxa aconteceu rapidamente. No minuto seguinte, Edu Sales driblou o zagueiro Marcelo e encheu o pé, empatando a partida. E aos 16 minutos Tcheco (que tinha extrema liberdade) avançou pelo meio-campo e lançou Edu, que teve apenas o trabalho de deslocar Vílson para virar o jogo.
O Cori demonstrava tanta calma que às vezes abdicava do jogo, dando chances para o adversário. A principal oportunidade de empate do Paranavaí aconteceu aos 28 minutos, quando Maurício acertou o travessão de Fernando. Edu Sales teve ótima chance aos 37, obrigando Vílson a praticar boa defesa. Só que Edu, o melhor em campo, não voltou para o segundo tempo – lesionado, ele deixou o campo para a entrada de Fernando Mello.
Na volta do intervalo, ficou claro que o rendimento físico do Paranavaí caíra. Isso poderia dar ao Coritiba a chance de resolver a partida, mas o time parecia satisfeito com o 2 a 1. Com isso, o jogo ficou modorrento até o time da casa perceber que poderia chegar, tal a redução do ritmo coxa. Para completar, a retaguarda alviverde colaborou aos 31 minutos, quando Neizinho apareceu livre e driblou Fernando. O goleiro coxa não tinha outra alternativa senão cometer o pênalti, cobrado com categoria pelo próprio Neizinho. O empate acabou sendo o resultado mais justo, principalmente pela maior vontade do time da casa. (CT)