Marcel foi um dos destaques na goleada do Alviverde ontem sobre o Rio Branco por 4 a 0. |
Aprovado. No primeiro trabalho forte da temporada, o Coritiba convenceu e goleou o Rio Branco por 4 a 0, em jogo-treino realizado ontem no CT da Graciosa. O destaque foi justamente o jogador mais aguardado da tarde – o atacante Edu Sales, que marcou um gol, deu o passe para outro e sofreu um pênalti convertido por Marcel.
A primeira parte do treino contou com o time titular, formando com Fernando; Reginaldo Araújo, Fabrício, Edinho Baiano e Adriano; Reginaldo Nascimento, Ataliba, Lima e Almir; Edu Sales e Marcel.
Se Almir, que foi responsável pela armação, não conseguiu aparecer com destaque, os outros dois reforços que treinaram mostraram serviço. Na defesa, Fabrício foi de novo o jogador incumbido da saída da marcação, facilitando o trabalho de Edinho e de Nascimento. “Ele gosta de sair para o jogo, e a gente está se acertando”, explica o capitão coxa.
E Edu Sales conseguiu conciliar o jogo de velocidade com a presença na área. No início do trabalho, ele fez bom lance individual e abriu o placar com um chute colocado. Quinze minutos depois, Edu penetrou pela esquerda e foi derrubado na área. Marcel cobrou o pênalti e marcou o segundo gol alviverde.
No segundo tempo, Bonamigo mexeu em quase toda a equipe, deixando apenas Fernando e Lima da equipe titular. O meio-campista marcou o terceiro alviverde em jogada de Edu Sales, e Gélson completou o placar. Para Bonamigo, o teste foi extremamente válido. “Acho que já temos uma equipe formada, um estilo de jogo assimilado pelos jogadores e a condição física em nível regular”, avalia o treinador.
Tcheco agora quer uma vaga
Tudo certo, contrato renovado. Tcheco, depois de dois meses, pode somente pensar no Coritiba. E, além de pensar, ele está preocupado. Afinal, enquanto vivia a corda-bamba de sua renovação, o técnico Paulo Bonamigo começou a montar a equipe para 2003 – logicamente, sem o meio-campista. E como o time está agradando, o ?reforço? tão aguardado por todos pode perder a vaga no time titular. Para Tcheco, é o maior problema causado pela demora na definição de sua vida.
Ele sabe que isso acontece sempre, com pequenas variações. Ano passado, o próprio Tcheco ganhou a vaga de titular no meio-campo coxa por causa de uma estranhíssima lesão de Sérgio Manoel. E de contratação para compor o elenco, o jogador tornou-se a principal peça alviverde dentro de campo. “O que aconteceu comigo ano passado ocorre para um em um milhão”, exagera. Aquele problema de Sérgio Manoel é responsável, em parte, pelo sucesso de Tcheco no Cori.
Agora não há lesão, mas há um jogador que não treina com bola desde o dia 20 de dezembro, e que ficou apenas correndo nos últimos cinco dias. “Estou preparado para a São Silvestre”, brinca. Tcheco não teria condições de participar dos jogos-treino de ontem, mas apruma o condicionamento físico para o que vem pela frente. “Quero estar à disposição do Bonamigo para o jogo de sábado”, avisa, referindo-se ao amistoso contra o Avaí.
Isso porque, por enquanto, Bonamigo não o escala no Cori 2003. “E é natural, porque ele não sabia se eu ia ficar”, diz o jogador. Sem ele, o time ganhou em poderio ofensivo, já que Lima e Almir se revezam na segunda função do meio. “Os jogadores são bons e estão aproveitando a chance. Eu preciso voltar a treinar para disputar a posição”, resume Tcheco, consciente e preocupado.
Mas as portas estão abertas para seu retorno. Bonamigo, antes mesmo de saber se o meio-campista ficaria ou não no Coritiba, já dava pistas que o esquema usado no jogo-treino de ontem seria, na verdade, uma opção tática. “É uma opção ofensiva que eu posso usar, dependendo da situação do jogo. Quero um time forte no ataque, mas sem deixar a composição defensiva.” E se Tcheco deu certo no Cori justamente por ajudar na marcação e criar no ataque, ele nem precisa se preocupar muito. (CT)