Reginaldo Nascimento |
Está tudo muito bom, está tudo muito bem – já diria aquela música. O Coritiba terminou o primeiro turno do campeonato paranaense do jeito que imaginava: vencendo o Paratiba de domingo, assumindo a liderança isolada do grupo A e tendo a melhor campanha da competição. Para completar o bom momento, o time ganha uma semana inteira para se preparar, já que não precisa entrar em campo pela Copa do Brasil.
Pelas quatro vitórias seguidas (três pelo estadual e uma pela Copa do Brasil), os jogadores ganharam um "presente" da comissão técnica -um dia e meio de folga, coisa que não tiveram na temporada até agora. O técnico Antônio Lopes aproveitou para ir ao Rio de Janeiro visitar os familiares, e deixou Curitiba satisfeito. "Estamos em um momento muito bom", resumiu.
A alegria do Delegado surge de várias boas notícias. "O principal é que o nosso trabalho está dando frutos. Isso é fundamental, estamos provando que o nosso planejamento deu certo. Fizemos uma ótima partida, dominamos as ações em quase todo o tempo e correu tudo muito bem. Na parte física também estamos muito bem", comentou o treinador coxa.
Lopes não deixou de valorizar o trabalho dos jogadores. "Eles fizeram o que nós tínhamos programado, e isso ajuda de forma decisiva", afirmou o técnico, que no entanto, acha que a técnica e a tática só sobressaíram por causa da entrega do time. "Eu sempre falo a eles que quando eles buscam o resultado a todo custo, lutando os noventa minutos, dificilmente nós somos derrotados", avisou.
Os jogadores comemoraram o resultado e a boa fase com um pouco mais de cautela. "Foi importante, porque mostramos nosso bom momento em Curitiba, onde não jogávamos desde o início do paranaense. E foi um jogo complicado, o Paraná tem uma equipe forte", afirmou o zagueiro Alexandre, que assumiu a vaga aberta por Flávio – para o jogo contra o Engenheiro Beltrão, no próximo domingo, outras duas posições estão ‘livres’: o zagueiro Miranda e o meia Reginaldo Vital levaram o terceiro cartão amarelo contra o Tricolor e terão que cumprir suspensão automática.
Para o capitão Reginaldo Nascimento, o importante é manter o trabalho. "Nós temos que continuar a fazer as coisas deste jeito, com humildade e buscando melhorar sempre. Nosso processo de evolução tem que continuar a cada partida, porque nossos objetivos ainda estão longe de ser conquistados", finalizou o volante.
Um artilheiro que quer ser delegado
"Quando eu vi pela primeira vez, pensei que era sorte", brincou Reginaldo Nascimento. "Eu estava fazendo em todo treino", retrucou Marciano. O atacante, que chegou como artilheiro da série C do Campeonato Brasileiro, vai se firmando como titular do Coritiba e ganhando pontos com a torcida alviverde -muitos conquistados com os dois gols na vitória sobre o Paraná. Satisfeito, ele confessa que está se adaptando mais rapidamente ao futebol do Sul – e pode seguir o caminho de Antônio Lopes. E não como técnico, e sim como Delegado.
"Os jogadores estão me ajudando, e eu estou me sentindo muito bem", garante Marciano, que já marcou cinco gols no Paranaense – está a um do artilheiro da competição, Barbiéri, da Adap. O atacante também ficou rapidamente conhecido pelos lances bonitos. "O cara só quer fazer golaço", brinca o capitão Nascimento, que é um dos que ?adotaram? o jogador em Curitiba.
Ele também tem um diferencial – estudante de direito da Universidade Livre do Cariri (trancou a faculdade no sétimo período), Marciano, mesmo aos 23 anos, pensa no futuro. "Quero me formar advogado e prestar concurso para delegado, para seguir a carreira do meu pai", confessa o atacante, que agora tem como treinador um ex-delegado. Antônio Lopes esteve na polícia por mais de vinte anos.
Antes, no entanto, Marciano quer se sobressair no "Sul Maravilha". E não se acanha em ser chamado de ?intergalático? ou ?interplanetário?.