Coritiba festeja aniversário no Couto Pereira

Se há uma coisa que o Coritiba gosta nessa Segundona é de jogar em casa. Ainda mais sendo líder, estando bem perto de uma vaga na elite do futebol brasileiro, comemorando 98 anos e fazendo a festa nas arquibancadas. Contra o Criciúma, a previsão é de mais uma partida difícil e que vai exigir muita paciência, mas o fato de jogar no Couto Pereira é um alento ao Alviverde, que não se deu bem nos dois jogos do Nordeste. Por isso, contra o Tigre, o técnico René Simões coloca a equipe para frente com Keirrison e mais um atacante. O confronto está programado para as 16h.

?Toda vez que eu volto de viagem digo ?cheguei em casa?. É sempre muito bom estar em casa. Eu, por exemplo, sou caseiro e adoro ficar em casa?, suspira o treinador do Coxa. E, para ele, a sensação de poder trabalhar onde se conhece o ambiente e se sente bem é a mesma coisa. ?É muito bom jogar em casa. Foram 11 jogos aqui e 11 momentos memoráveis. Tivemos algumas viradas lindas e o que é muito interessante nisso é que em todas o comportamento da torcida foi surpreendente e eu volto a pedir paciência porque eles têm um time que joga muito fechado?, analisou.

De acordo com René, é preciso ter muito respeito ao adversário de hoje. ?O Criciúma é um time que estava muito bem no campeonato, teve uma sequência de nove derrotas fora de casa e deixou o Coritiba encostar e até passar. No entanto, já se recuperou, tem um bom time e vai ser um jogo muito difícil?, projetou. O treinador diz que gosta desses desafios. ?Mas eu gosto disso, acho que assim é que é bom. Pegar belos times porque quando você ganha todo mundo diz que você ganhou de um bom time e isso qualifica a tua equipe?, destacou.

Se o aproveitamento do Coritiba em casa continuar o mesmo, o Criciúma poderá ser mais uma vítima do poderio ofensivo de Keirrison e companhia. Até aqui, de cada três pontos disputados, o Alviverde consegue faturar 2,6. É o melhor mandante da Série B até aqui e só perdeu pontosna derrota para o São Caetano e no empate com o Gama, então treinado justamente por Roberto Cavalo, hoje técnico do Criciúma.

Por isso, em busca de mais três pontos, Keirrison volta ao time e formará dupla com Gustavo ou com Henrique Dias. Na meia, Willian, de apenas 18 anos, pode ganhar a vaga de Careca, suspenso. Se ele não entrar, Ivo será a bola da vez.

CAMPEONATO BRASILEIRO – SÉRIE B

30.ª Rodada

Coritiba x Criciúma

Coritiba

Edson Bastos; Henrique, Ânderson Lima e Jéci; Pedro Ken, Willian (Ivo), Douglas Silva, Ricardinho e Fabinho; Keirrison e Gustavo (Henrique Dias).

Técnico: René Simões.

Criciúma

Zé Carlos; Alex Sandro, Sílvio Criciúma e Cláudio Luis e Uendel; Elizeu, Basílio, Luiz André, Mateus e Marco Antônio; Jean Coral.

Técnico: Roberto Cavalo.

Local: Couto Pereira, em Curitiba

Horário: 16 horas

Árbitro: Lourival Dias Lima F.º (BA)

Assistentes: Katiúscia Mayer Berger Mendonça (ES) e Fabrício Vilarinho da Silva (GO)

Ingressos: arquibancada, R$ 20,00; cadeira da Mauá e setor visitante, R$ 30,00 e social superior, R$ 100,00. Estudantes, crianças, idosos e mulheres pagam meia.

No aniversário de 98 anos, Coxa quer elite de presente

Cahuê Miranda

Foto: Valquir Aureliano

Torcida está fazendo bonito na Segundona, lotando o Couto. Volta à 1.ª divisão é um sonho possível, que está cada dia mais próximo.

Couto Pereira lotado e o time encarando uma disputa direta pela liderança. No dia em que o Coritiba completa 98 anos, este poderia ser o cenário ideal para uma grande comemoração. Mas um detalhe vai adiar a verdadeira festa para o fim do ano. Afinal, só um presente pode satisfazer a torcida alviverde neste aniversário: a volta do Coxa a seu lugar entre os grandes do futebol brasileiro.

O dia 12 de outubro de 1909 não é uma data histórica apenas para o time do Alto da Glória. No grupo de jovens que disputou a primeira partida oficial no Paraná e fundou o Coxa, estavam as raízes do futebol em Curitiba. Dali, saíram os dissidentes que mais tarde fundariam o Internacional, o América e finalmente o Atlético. E a inspiração que levou à criação de equipes como Britânia, Savóia, Palestra Itália e Ferroviário, precursores do Paraná Clube.

Pioneiro da bola em terras curitibanas, maior vencedor dos campeonatos estaduais no Paraná, campeão do Brasil.

Tá chegando a hora

Com um currículo como esse, a galera não tem dúvidas de que o lugar do Coxa definitivamente não é na Segundona. Torcedores com o o advogado Francisco Miguel Debinski, 28 anos, não têm medido esforços para mudar isso. ?Fui em todos os jogos no Couto. Viajei para Fortaleza, Maceió… Tudo para ajudar o time a voltar para seu lugar. E vai dar certo. Está chegando a hora?, acredita.

Em suas andanças atrás do Cori, Debinski diz que já viu torcedores fazendo de tudo para que o time reencontre seu lugar na elite. ?Já vi gente fazer promessa, acender vela pro santo… Até na umbanda tem colega que já foi. Não é meu caso. Não sou muito religioso. Minha única devoção é o Coxa e meu templo é o Alto da Glória?, afirma.

O jogo de hoje, contra o Criciúma, é mais do que uma etapa decisiva na luta pelo título da Série B do Brasileirão. Pode ser fundamental para atingir uma meta que é questão de honra para o povo coxa-branca. Em 2009, a galera quer ver o Coritiba completar 100 anos brigando com os grandes. ?Este ano, quero uma estrela de prata. Depois, vamos em busca de mais uma amarela, para brilhar no centenário?, conclui Debinski.

Homenagens vão marcar Coxa x Tigre

Rodrigo Feres, especial para a Tribuna

Foto: Allan Costa Pinto

Diretoria espera mais de 30 mil pagantes no Alto da Glória.

A torcida do Coritiba tem muitos motivos para comemorar os 98 anos do clube hoje. A equipe mais tradicional do Estado e maior campeã Paranaense da história, líder da Segundona, convoca a galera para lotar o Estádio Couto Pereira, na partida de logo mais contra o Criciúma, 2.º colocado.

O diretor de marketing do clube, Osvaldo Dietrich, tem a esperança de ultrapassar os 26.129 pagantes do confronto frente ao Ipatinga. ?Queremos quebrar o nosso próprio recorde. Peço que a torcida compareça nessa grande festa. Nossa expectativa é a de ter mais de 30 mil pagantes no jogo de hoje.?

A festa começa logo cedo. Às 9h, na loja oficial do clube, o mascote Vovô Coxa irá dar autógrafos e recepcionar os torcedores. Além disso, terá o lançamento de uma camisa alusiva aos 98 anos do clube. O torcedor que quiser adquirir um produto oficial do Coritiba pagará menos. Isso porque a diretoria autorizou a redução no preço de alguns produtos. Tudo é válido quando se trata do amor pelo Coritiba. ?Vale a pena qualquer coisa. Ainda mais quando se é torcedor e funcionário do clube. Nós fazemos com prazer. É realmente muito gratificante?, afirma Dietrich.

Como é Dia das Crianças, elas também serão lembradas: 300 torcedores-mirins entrarão em campo com os jogadores e ganharão um brinde surpresa. Outro homenageado será Bruno Strobel Coelho dos Santos, filho do colunista do Paraná-Online Vinícius Coelho, fanático coxa-branca barbaramente assassinado esta semana. Antes de a bola rolar, será feito um minuto de silêncio e várias faixas de apoio à família do jovem estarão expostas no estádio. Mais uma bonita reverência será feita pelos jogadores, que Bruno tanto gostava. Todos os atletas e integrantes da comissão técnica usarão uma camiseta com a foto de Bruno e uma mensagem de conforto aos familiares. Após o jogo, a partir das 20h30, haverá um jantar na Churrascaria Alto da Glória, anexa ao Couto Pereira. Os convites custam R$ 50 e estão à venda na tesouraria do clube. Esse preço inclui bebidas e um brinde especial.

Bola de ?capotão? na colônia alemã

Redação Tribuna

Uma bola de futebol, trazida em julho de 1909 pelo jovem Frederico Essenfelder, o Fritz, que retornava a Curitiba após residir algum tempo em Pelotas (RS), é o símbolo do nascimento do Coritiba Foot Ball Club. Com o ?capotão? debaixo do braço, Fritz foi até o Clube Ginástico Teuto-Brasileiro Turnverein, freqüentado pela colônia alemã, e contagiou os amigos João Viana Seiler, Leopoldo Obladen, Carlos Schelenker, Arthur Iwersen, irmãos Hauer, Walter Dietrich, Roberto Isckch, Rodolpho Kastrup e outros, que fundaram o CFC no dia 12 de outubro.

De lá para cá, o Coritiba se consagrou como o maior campeão do futebol paranaense.

Acesso molda eleições de dezembro no Coxa

Rodrigo sell

Walter Alves

Celso Moreira é pré-candidato.

Ao mesmo tempo que completa 98 anos, os bastidores do Coritiba vão esquentando. Tudo em função das eleições que acontecem em dezembro para escolha dos 120 novos conselheiros e uma nova diretoria. Por enquanto, tanto a situação quanto alguns segmentos da oposição mantêm contatos, fazem reuniões, mas o único que se lançou candidato foi Celso Moreira. Outros nomes estão surgindo e até o presidente Giovani Gionédis poderá concorrer à reeleição. Tudo isso, no entanto, só deverá se definir assim que o time conseguir uma vaga na primeira divisão.

Desde que saiu da atual gestão, Evangelino da Costa Neves comanda um dos blocos mais atuantes. O ex-presidente não tem planos de voltar a sentar na principal cadeira do Alto da Glória, mas articula para montar uma chapa para tirar o atual presidente do posto. Alguns nomes estão sendo estudados, mas nenhum foi confirmado. Do outro lado da oposição muitas reuniões também estão acontecendo, mas o bloco que lançou Tico Fontoura na última eleição espera a melhor oportunidade para lançar candidatura.

Enquanto isso, na situação, Giovani Gionédis diz que não fica na presidência. No entanto, a vaga na Série A e até o título da Segundona poderá fazer o dirigente rever seu posicionamento. Conselheiro vitalício por ser presidente, ele não precisa enfrentar eleições e pode ficar só nos bastidores. Um nome forte alternativo seria o do coordenador de futebol João Carlos Vialle, que pode colher os frutos da campanha na Série B.

Até agora independente, o ex-vice presidente Domingos Moro tem sido especulado por várias alas para formar na nova diretoria. Atualmente atuando como advogado esportivo e defendendo clubes como Paraná e Atlético, ele admite concorrer, mas somente para a presidência e com um projeto consistente. Outros nomes também esboçaram interesse em atuar como dirigentes; casos de Giovani Kassin e Jair Cirino dos Santos, mas também aguardam os desdobramentos das conversações.

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