Agora existe uma proposta. O Coritiba espera a resposta do atacante Adriano Chuva, que disputou o campeonato brasileiro pelo Grêmio, que pode ser o quarto reforço alviverde para a temporada 2003. Além dele, virá um centroavante – “produto” que anda em falta no mercado, dificultando a procura pelo jogador mais pedido pelo técnico Paulo Bonamigo.
A tentativa alviverde em contratar Zé Carlos, que jogou o Brasileiro pelo Flamengo, acabou na metade. O Coritiba chegou a fazer uma proposta, mas a intervenção do técnico carioca Evaristo de Macedo praticamente impediu o negócio. “Ele nos interessava. Dificilmente esse jogador virá para o Coritiba”, confessa o secretário Domingos Moro.
Com isso, o clube continua voltando sua mira a jogadores conhecidos. Se a vinda de Oséas é complicada, devido ao alto valor do salário, há uma possibilidade de Fernando Baiano ser contratado. O fato do Corinthians não querer ficar com o centroavante pode facilitar o negócio. “Mas por enquanto não existe nenhum nome certo. Tudo o que se falar é especulação”, garante o secretário coxa.
Certa mesmo só a proposta do Coritiba por Adriano Chuva. “Estamos aguardando a posição do jogador e de seus representantes. A proposta feita se encaixa no planejamento financeiro do clube”, explica Domingos Moro, que se diz confiante em um acerto com o jogador. “É um atleta que nos interessa, e que somaria muito ao nosso elenco”, completa.
Equilíbrio entre a parte tática e física
Os próximos vinte dias serão de muito treino no CT da Graciosa. Para quem espera uma temporada desgastante, apesar de o calendário aparentar ser mais racional, a pré-temporada será decisiva. Quem estiver preparado agora, sai na frente tanto na disputa do campeonato paranaense quanto no campeonato brasileiro. O Coritiba quer ajustar a parte física para dar tranqüilidade a Paulo Bonamigo, que já está pensando no acerto tático da equipe.
Mas, por enquanto, Bonamigo só está olhando. Os primeiros dias serão de avalia-ções físicas, para que a comissão técnica saiba o que precisa fazer para aprumar o elenco. A partir de segunda, ele inicia os trabalhos táticos. “Eu quero fazer isso para intercalar os treinos. Pela manhã, os jogadores trabalham com bola. De tarde, o Róbson (Gomes, preparador físico) aumenta a carga de exercícios”, explica o treinador coxa.
Isso para que os jogadores se animem a treinar (eles dificilmente gostam de treinos físicos) e para que alguns fundamentos específicos sejam trabalhados. Na primeira fase da pré-temporada, Bonamigo preferiu focar os treinos na melhoria do passe e no acerto dos arremates. “E eles continuam a realizar trabalhos físicos”, reitera o técnico.
Nesse momento, até Bonamigo (o maior interessado na implementação dos treinos com bola) reconhece a importância da preparação física. “Nós teremos um ano cheio, e com poucas paradas, ao contrário do ano passado”, diz o treinador. Ele exemplifica com o acúmulo de jogos no final de março. “A decisão do campeonato paranaense está marcada para o dia 24 de março, e três dias depois começa o Brasileiro”, atesta.
Para isso, nada melhor do que acertar o time fisicamente agora. “Cada dia que treinarmos será fundamental lá na frente”, resume o volante Reginaldo Nascimento. “Esse trabalho será decisivo. Se fizermos a nossa parte agora, teremos vantagem em todas as competições”, confirma Bonamigo. E o técnico espera que não só em campo o Cori esteja preparado. “O campeonato brasileiro não vai permitir erros desde o primeiro jogo. Não vai dar para montar uma equipe durante a competição”, avisa.
Variações
Bonamigo não esconde que pretende experimentar mudanças táticas na pré-temporada. “Acho que é importante você criar novas soluções, nem que seja para usar durante uma partida”, justifica. A princípio, ele não pensa em mudar o sistema de jogo alviverde, que joga com três zagueiros – sendo que um deles é o ‘improvisado’ Reginaldo Nascimento. “Podemos avançar um pouco nosso setor de marcação e alterar o posicionamento do time dentro de campo”, exemplifica o treinador.
