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| Antônio Lopes mantém o |
Estádio Willie Davids, Maringá, 20h30. Neste horário e neste local – ainda não liberado totalmente pelo Ministério Público – inicia-se um momento diferente na história do Coritiba.
O clube mais antigo de Curitiba deixou sua sede, o Couto Pereira, em reforma e seguiu para o Norte do Estado, buscando novos ares, novos torcedores e a tão sonhada "interiorização", que é fundamental para a projeção nacional do Coxa. Para ser grande no Brasil, o alviverde luta para ser um time realmente "estadual". Nessa estréia, o Cori enfrenta a Adap, líder do grupo A do campeonato paranaense.
É notório que boa parte dos torcedores do Norte alimentaram, durante os tempos, um certo ódio dos clubes da capital (principalmente Coritiba e Atlético) pelas conquistas em seqüência e por supostos benefícios da Federação Paranaense de Futebol e, por tabela, da arbitragem. Por isso, há poucos torcedores da dupla pelo interior – menos ainda se comparados com as legiões de fãs dos times cariocas (no litoral), paulistas (no Norte) e gaúchos (no Oeste).
É essa barreira que o Cori tenta suplantar a partir de hoje, com duas estadas de vinte dias em Maringá. E sabendo que é complicado – as últimas tentativas de Atlético e Paraná foram fracassadas -, a diretoria iniciou o projeto com uma maciça campanha de marketing. O objetivo inicial é tornar o Coxa "acessível" aos torcedores do Norte.
A recepção inicial foi boa. Sem equipe na elite do futebol paranaense, Maringá adota o Coritiba aos poucos – a prefeitura da Cidade Canção apoiou a iniciativa e encontrou parceiros para recuperar o estádio Willie Davids, que estava abandonado. Para o executivo municipal, é importante que a principal área de esportes da cidade esteja ativa.
Tanta animação foi comprovada na "entrega" simbólica do estádio para o Coritiba – solenidade comandada ontem pelo prefeito Sílvio Barros logo depois do elenco alviverde fazer o reconhecimento do gramado. Enquanto isso, o secretário Roberto Nagahama entregou no Fórum de Maringá toda a documentação necessária para suspender a interdição do estádio junto ao Ministério Público – mas, por enquanto, foi feita uma autorização provisória para o jogo de hoje.
Time é o mesmo de domingo
Antônio Lopes é um técnico pragmático por excelência. Para demonstrar esse pragmatismo, o Delegado prefere manter a formação usada pelo Coritiba nas duas rodadas do Paranaense para a partida de hoje contra a Adap. Apesar de não ter gostado do rendimento e da atitude do time no domingo, quando empatou com o Cianorte, o treinador alviverde acabou mantendo a base que está invicta, mas que ainda não convenceu.
Depois das críticas abertas de Lopes no final de semana, imaginava-se que Negreiros e Márcio Egídio estavam saindo do time, com a entrada de Marciano e Reginaldo Nascimento. O capitão alviverde realmente treinou no time de cima, mas como zagueiro pela esquerda, no lugar de Alexandre, na posição em que atuou durante toda a temporada passada. Para deixar dúvidas, Lopes acabou não confirmando a equipe, dizendo que vai anunciar a formação momentos antes da partida.
Para Lopes, é melhor manter a base. "Nós estamos evoluindo, e aos poucos a gente vai conseguir mostrar o futebol que todos esperamos", explica o treinador, que voltou à tese de antes do Paranaense – não adianta exigir muito dos jogadores nas primeiras rodadas da competição.
CAMPEONATO PARANAENSE
1ª Fase – 3ª Rodada
Em campo
Local: Estádio Willie Davids (Maringá)
Horário: 20h30
Árbitro: Evandro Rogério Roman
Assistentes: Gilson Pereira e Agnaldo Pinheiro de Oliveira
Coritiba x Adap
Coritiba
Fernando; Miranda, Flávio e Alexandre; Jucemar, Márcio Egídio, Luís Carlos Capixaba, Marquinhos e Ricardinho; Negreiros e Luís Carlos. Técnico: Antônio Lopes
Adap
Fábio; Elvis, Ademir, Pereira e Rogerinho; Danilo, Batista, Silas e Barbieri; Adilson Popó e Jorginho. Técnico: Toninho Cobra
Caio vira uma novela
É possível que o Coritiba anuncie reforços ainda esta semana, mas nada acontecerá antes da partida de hoje. A diretoria voltou suas atenções para a "aventura" em Maringá. O nome de Caio, ex-Paraná, continua muito forte, mas os dirigentes mantém-se na posição de negar sondagens e conversações.
O gerente de futebol Oscar Yamato, que é quem negocia salários e valores, garante que não houve nenhuma conversa com jogadores nesta semana. "A gente está bastante envolvido com a presença do elenco em Maringá", confessa. Amigos de Caio asseguram que ele já está acertado com o Coritiba.
