Coritiba estréia mal e apanha em casa

O “asa negra” não tomou conhecimento do Coritiba. Com uma equipe coesa e eficaz nos contragolpes, o Iraty venceu o jogo por 2×1 e frustrou os cinco mil coxas que marcaram presença no Alto da Glória. O sonho do bi invicto não durou uma rodada sequer. Historicamente, o Alviverde sempre teve dificuldades diante do Azulão. E não foi diferente na estréia dos clubes no paranaense-2004. O resultado deixou um grande ponto de interrogação na torcida do Coritiba, a menos de vinte dias da largada da Libertadores.

No início do jogo, o time do técnico Antônio Lopes deixou uma falsa impressão de que venceria até com certa facilidade. Com muita movimentação e a inversão constante dos alas, o Coritiba levava perigo a Marco Antônio. Foi dessa forma que Tesser surgiu pelo meio e com um toque encobriu o goleiro e também o travessão. No lance seguinte, porém, o Iraty já mostrava sua proposta de jogo. Num contragolpe rápido, Chimba “fuzilou” para a defesa de Fernando. Era só uma amostra do que viria pela frente.

Enquanto Luís Mário “levantava” a galera com toques de efeito, o Iraty encaixava a marcação, sem “apelar” para a retranca. Com dificuldades pelo meio, Roberto Brum encontrou espaço pelo flanco direito e cruzou na cabeça de Éder, mas o toque foi para fora. André Nunes estava “distante”, mas participou diretamente do gol. Ele não conseguiu dominar lançamento preciso de Luís Mário, mas a bola ficou “quicando” na entrada da área. O próprio Luís Mário aproveitou e soltou a perna direita para vencer o goleiro Marco Antônio: 1×0.

Reginaldo Nascimento quase marcou o segundo após escanteio, mas veio o intervalo e o vestiário não fez bem para os donos da casa. Luís Mário até acertou o travessão, aos 3 minutos, mas foi só. No lance, o goleiro do Iraty machucou-se e pouco depois o Coritiba reclamou de um toque de Émerson (que substituiu Marco Antônio), fora da área, quando André Nunes tentou encobri-lo. Na seqüência, veio o gol de empate. Após cruzamento de Cláudio, a bola tocou no travessão e na sobra Lulinha teve tempo de dominar e mandar para as redes.

Antônio Lopes partiu para as alterações e mandou a campo Josafá e Ricardo Malzoni. Trocas que deixaram o jogo à feição para o Iraty. Mais organizado, o time do técnico Paulo Campos aproveitou os espaços que o lateral Tesser deixava na direita. Por ali, Lulinha avançou e cruzou para Adriano virar o placar. O vexame só não foi pior porque o travessão salvou o Coxa no arremate de Assis. No fim, protestos da torcida, gritando o nome de Reginaldo Araújo (um eterno “perseguido”) como forma de ironizar a atuação do Coritiba.

Nos outros jogos de ontem, pelo Grupo B: Grêmio Maringá 1×1 Nacional de Rolândia e Londrina 0x3 Cianorte.