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O Coritiba vai enfrentar de novo a pressão de não vencer em casa, de lutar por chances cada vez mais remotas de classificação e com a insatisfação da torcida. Mas quem vive tudo isso é o Internacional, adversário desta tarde, às 16h, no Beira-Rio.
Ao contrário do que aconteceu contra o Cruzeiro, o Cori terá agora a seu ?favor? a crise que invadiu o time gaúcho. O objetivo é voltar de Porto Alegre com a vitória e, por conseqüência, de volta ao grupo dos oito melhores do campeonato brasileiro.
Sabendo como isso pode afetar o Inter, o técnico Paulo Bonamigo prefere manter a calma. “Nós também estamos pressionados, porque precisamos de três vitórias em cinco jogos. E uma delas terá que ser fora de casa, por isso vamos entrar em campo para vencer”, garante o treinador coxa. Apesar disso, os jogadores sabem que há uma vantagem a ser explorada. “A torcida do Inter vai empurrar nos primeiros minutos, mas se eles não conseguirem chegar, eles começam a vaiar”, conta o goleiro Fernando, gaúcho e formado nas divisões de base do Grêmio.
Outro conhecedor do adversário de hoje é o zagueiro Picolli, que tem retrospecto positivo contra o Inter – conquistou um título gaúcho pelo Juventude em pleno Beira-Rio. “Nós temos que mostrar a mesma vibração que mostramos contra o Cruzeiro. E temos que jogar da mesma forma que os nossos adversários jogam no Couto Pereira, marcando forte e nunca desistindo das jogadas”, explica o capitão coxa.
Isso também serve como definição da ?humildade tática?, o estilo de jogo pretendido por Bonamigo. “Nós precisamos manter a nossa atitude dentro de campo, mesmo jogando em Porto Alegre”, afirma. “O nosso pensamento de vitória passa por essa humildade tática e pelo equilíbrio que demonstramos contra o Cruzeiro. Aquele é o exemplo que temos que ter em mente”, completa.
Muito por isso, o treinador pode manter alguns dos destaques da partida de quarta. O principal deles, Alexandre Fávaro, foi muito elogiado por Bonamigo. “Ele ganhou a vaga dele. A movimentação e a vontade que ele demonstrou foram impressionantes, e agora há um disputa para saber quem vai jogar ao lado dele”, diz o técnico. “Tenho que agradecer ao Bonamigo por esse apoio, mas só posso fazer isso mantendo o meu nível de atuação”, diz o “Príncipe”.
Outros que ficam são Juninho e Willians, que aprovaram como substitutos de Edinho Baiano e Reginaldo Nascimento, que seguem em tratamento. Lúcio Flávio, fisicamente recuperado, retoma a vaga no meio, no lugar de Sérgio Manoel. Na lateral-direita, Reginaldo Araújo e Ceará disputam a vaga, com ligeira vantagem para o primeiro. E Da Silva é o favorito para ser o companheiro de Fávaro no ataque, mas Marcel ainda pode ser escalado.
As definições só vão acontecer momentos antes da partida, porque Bonamigo pretende saber como o Internacional vai jogar. “Preciso ver como o Inter entrará em campo, porque aqueles duelos individuais vão se formar, e o Coritiba precisa levar vantagem”, explica. E vantagem maior será vencer em Porto Alegre. “É a confirmação do nosso bom momento”, finaliza Picolli.
Desfalques complicam Celso Roth
AE
O Internacional está cheio de problemas para enfrentar o Coritiba. O time terá de superar o ambiente interno ruim e as cobranças da torcida. Além disso, não contará com dois titulares que estão suspensos: o volante Alexandre será substituído por Márcio e o meia Fabiano Costa entra no lugar de Cleiton Xavier. Para compensar, o artilheiro Mahicon Librelato volta ao time, depois de cumprir suspensão, no lugar de Daniel Carvalho.
Depois de perder os dois últimos jogos que disputou, o Internacional é o 18.º colocado no Campeonato Brasileiro, com 25 pontos, e corre o risco de ser rebaixado se não voltar a vencer.