?Vergonha, vergonha.? Foi o que a torcida do Coritiba gritou para a equipe após o apito final do árbitro, ontem, no Couto Pereira. Talvez fosse exagerado, mas o Alviverde não teve competência para fazer um mísero gol no São Caetano, jogando mais de 20 minutos com dois jogadores a mais em campo. Com o 0 a 0 contra o Azulão, o Coxa deu adeus à Copa do Brasil e agora se dedica somente ao Campeonato Paranaense antes da estréia no Brasileirão.
O técnico Dorival Júnior pediu paciência aos torcedores e a galera teve que ter paciência mesmo. Muita, por sinal. Precisando vencer o São Caetano por dois gols de diferença e enfrentando uma defesa fortemente armada, o Alviverde penou para chegar ao gol de Júlio César. Afunilando demais as jogadas, o setor de criação ficou na forte marcação e, às vezes, até no excesso de força dos jogadores do Azulão. Era isso o que Pintado queria. Parar o jogo o máximo possível, fazer passar o tempo e arriscar nos contra-ataques.
E as chances foram aparecendo. Só Luan teve duas logo no início e quase fez a casa do Coxa cair.
A torcida percebeu as dificuldades, não vaiou e ainda gritou ?Coxa, Coxa? a plenos pulmões, mas o time em campo não se achava. Para piorar, Dick se machucou e a formação tática foi mudada várias vezes pelo treinador. Enquanto a equipe tentava se acertar, Henrique Dias e Keirrison brigavam quase sozinhos com a forte linha defensiva. ?Erramos demais?, admitiu Pedro Ken.
Já Júnior mostrou que não estava satisfeito com o time e com ele mesmo. Após colocar Veiga no primeiro tempo, acabou sacando o volante no intervalo para mandar o time para frente com Thiago Silvy. Para facilitar as coisas, Galiardo deu uma peitada no árbitro após uma falta cometida e foi para o chuveiro mais cedo. Mas, tirando um chute de Pedro Ken, a vantagem numérica não ajudou muito. Aí foi a vez do destemperado goleiro Júlio César ?mostrar? um cartão para o juiz. Resultado? Mais um para a rua.
Com dois a mais, o zagueiro Maurício virou centroavante e o jogo ficou dramático. A torcida empurrou, gritou, apupou o adversário, nem ligou para os erros da própria equipe, mas não deu. O Coritiba não soube furar o bloqueio imposto pelo Azulão com todo mundo na defesa e nem quando Keirrison tentou encobrir o goleiro Luís a sorte esteve presente. O zagueiro Leonardo salvou em cima da linha e acabou com a esperança dos torcedores de, pelo menos, levar a decisão para as penalidades e tentar a sorte nas cobranças.
COPA DO BRASIL
2.ª Fase – Jogo de volta
Coritiba 0 x 0 São Caetano
Coritiba
Edson Bastos; Dick (Veiga, 14 do 1º., depois Thiago Silvy, 1 do 2º.), Maurício, Jéci e Ricardinho; Douglas Silva (Laércio, 20 do 2º.), Leandro Donizete, Pedro Ken e Marlos; Henrique Dias e Keirrison.
Técnico: Dorival Júnior
São Caetano
Júlio César; Aderaldo, Leonardo e Tobi; Daniel, Galiardo, Hernani, Canindé (Glaydson, 10 do 2.) e Ademir Sopa (Andrezinho, 1 do 2º.); Tico (Luís, 31 do 2º.) e Luan.
Técnico: Pintado
Local: Couto Pereira
Árbitro: Wagner dos Santos Rosa (RJ)
Assistentes: Carlos Berkenbrock (SC) e Kléber Lúcio Gil (SC)
Cartão amarelo: Daniel, Canindé, Jéci, Pedro Ken, Galiardo, Hernani, Tobi, Júlio César, Aderaldo
Expulsão: Galiardo aos 4 e Júlio César aos 28 do 2º. tempo
Renda: R$ 159.450,00
Público pagante: 13.085
Público total: 14.416
![Grupos de WhatsApp da Tribuna](/resources/images/blocks/whatsapp-groups/logo-whatsapp.png)