Marquinhos foi bem marcado e acabou substituído por Batatinha. |
Quatro gols e muita reclamação. O Coritiba cedeu empate no final – após buscar a virada no placar – e ainda chiou muito contra a arbitragem do carioca Luiz Antônio Silva Santos. Cuca e companhia protestaram pela não marcação de dois pênaltis e um gol anulado. No fim, empate por 2×2, no Mineirão, que se não foi o ideal, recuperou o time paranaense dos recentes fracassos.
O início foi desastroso para o Coritiba. Vulnerável, a zaga foi facilmente envolvida pelo Cruzeiro. Numa jogada em velocidade, Maurinho cruzou rasteiro e Adriano, livre de marcação, fuzilou Vizzotto. Com um time hábil e veloz, o caminho para os contragolpes dos mineiros estava aberto. E foi assim que o Cruzeiro foi levando a partida, tentando chegar em toques rápidos, mas sem forçar o ritmo.
Recuperado do susto inicial, o Coxa se lançou à frente, tendo em Caio, mais uma vez, o seu principal jogador. Só que na mesma medida em que trocava a bola com facilidade no meio-de-campo, o time de Cuca se ressentia da ausência de uma referência na área adversária. Mesmo sem um centroavante de ofício, o Coritiba reclamaria duas penalidades máximas. A primeira delas, quando Patrick projetou o corpo para impedir a passagem de Rafinha.
O Cruzeiro tentava lançar bolas para Fred, mas sem a aproximação de Kelly e Adriano, o centroavante pouco rendia. Só ameaçou mesmo em uma cobrança de falta que Vizzotto soltou, mas Rubens Júnior cortou. Nos minutos finais, o Coritiba assumiu o controle das ações e chegou bem perto do empate. A melhor oportunidade saiu dos pés de Caio, que passou por três marcadores e só rolou para Alexandre. Só que o atacante vacilou e facilitou a ação de Fábio.
Os jogadores do Coritiba ainda reclamaram mais uma penalidade máxima sobre Caio e no último minuto Alexandre concluiu mal, por cima do travessão. Era um sinal claro do maior volume de jogo dos paranaenses. Assim que o primeiro tempo terminou, o árbitro foi cercado e sobrou para o técnico Cuca, excluído do banco por Luiz Antônio Silva Santos. Na tentativa de recuperar o controle do meio-de-campo, Paulo César Gusmão apostou na entrada de Kerlon.
O tiro, porém, saiu pela culatra. O segundo tempo foi todo do Coritiba, que igualou o placar logo aos 11 minutos. A bola sobrou na área para Caio, que bateu cruzado para vencer o goleiro Fábio. Pouco depois, nova reclamação. Alexandre recebeu na esquerda e bateu cruzado para o gol, só que o assistente marcou equivocadamente a posição irregular do atacante. Sem baixar o ritmo, o Coritiba finalmente chegou à virada.
Alexandre entrou em velocidade e foi empurrado por Argel. Desta vez, o árbitro apitou o pênalti, que Rafinha cobrou com precisão. O Coritiba tinha o jogo na mão, mas baixou a guarda no final. O Cruzeiro acertou uma bola na trave e no último minuto empatou. Diogo chutou, Vizzotto não segurou e Fred entrou de carrinho para marcar o seu oitavo gol no Brasileirão:2×2.
Campeonato Brasileiro
13ª rodada
CRUZEIRO 2×2 CORITIBA
Cruzeiro – Fábio; Maurinho, Moisés, Marcelo Batatais (Argel) e Patrick; Diogo, Marabá (Diego), Kelly e Wagner (Kerlon); Adriano e Fred. Técnico: Paulo César Gusmão.
Coritiba – Vizzotto; Rafinha, Flávio, Reginaldo Nascimento e Rubens Júnior; Márcio Egídio, Luís Carlos Capixaba (Vágner), Jackson e Marquinhos (Rodrigo Batata); Caio (Laércio) e Alexandre (Alcimar). Técnico: Cuca.
Local: Mineirão (Belo Horizonte).
Árbitro: Luiz Antônio Silva Santos (RJ).
Assistentes: Beival do Nascimento Souza (RJ) e Marcos Tadeu Penichi Nunes (RJ).
Gols: Adriano a 3° do 1º tempo. Caio a 11° , Rafinha (pênalti) a 16° e Fred a 44° do 2º tempo.
Cartões amarelos: Maurinho, Argel e Kerlon (Cruzeiro). Reginaldo Nascimento, Márcio Egídio, Laércio e Alcimar (Coritiba).