Aristzábal estará entre os reservas.

O Coritiba não jogou bem em Francisco Beltrão – isso ficou claro para quem assistiu à partida de domingo. Mas, ao contrário dos primeiros jogos da temporada, o time teve força para buscar o resultado e conseguir a vitória.

Para o técnico Antônio Lopes, mais uma prova da evolução alviverde, que na opinião dele pode-se ver claramente. Animado, o Coxa abre a segunda fase do campeonato paranaense amanhã, às 20h30, contra a Adap, no Couto Pereira – com Aristizábal no banco de reservas.

Lopes estava mais tranqüilo depois do resultado. “A gente teve muitas chances para vencer, inclusive no primeiro tempo”, relembra. Apesar das falhas iniciais, o Coxa recuperou-se e buscou a vitória. E principalmente não se abateu com os erros, o que aconteceu em jogos anteriores, como contra Iraty e Olimpia. “Precisávamos melhorar, se quiséssemos vencer”, confessa o capitão Reginaldo Nascimento.

E a vitória, em dado momento, virou fundamental – no final do primeiro tempo, o Cori perdia e o Malutrom vencia, o que tirava a segunda posição da Chave Sul dos alviverdes. “Nós sempre temos que buscar o resultado, e foi o que o Coritiba fez nessa partida: não descansou até conseguir virar o jogo”, diz Antônio Lopes. “Aos poucos, nós estamos encontrando a forma ideal de jogar”, concorda o meia Luís Carlos Capixaba, outra vez um dos destaques do time.

Para o treinador, a manutenção da base – e da forma de jogar – facilita essa evolução. “É só ver que os jogadores que estão entrando cumprem muito bem seus papéis. O Ataliba entrou em Beltrão, foi muito bem e comprovou ser uma opção interessante”, exemplifica Lopes. O método de formação do time, até por isso, é mantido – quem for bem vai se garantindo. “Ficou bem claro que o time não tem titulares absolutos”, diz o volante Márcio Egídio.

Essa constância ajuda o time em situações simples, mas decisivas em uma partida. “Observando os números, a gente percebeu que os erros estão diminuindo. Ainda estamos errando muitos passes (em Beltrão foram 30), mas é a metade do que erramos nos primeiros jogos do ano”, conta o técnico alviverde, calcado nas estatísticas preparadas pelo auxiliar Eudes Pedro. “Esse é um exemplo. A evolução é visível”, finaliza Lopes.

Time

Ontem, Aristizábal participou pela primeira vez de um treinamento como titular. O atacante, liberado pelos médicos e pela preparação física, começou o coletivo de ontem no time principal, formando dupla com Luís Mário. Apesar disso, o técnico Antônio Lopes garante que o colombiano não começa jogando. “Ele deve entrar no segundo tempo, quando o adversário estiver mais desgastado”, justifica.

O “Papaléguas”, por sua vez, não sentiu dores no joelho e foi liberado pelos médicos, assim como Igor, que também desfalcou o time em Beltrão. Em contrapartida, Pepo está com dores musculares e passa hoje por uma avaliação, mas o treinador já confirmou Ataliba como titular para o jogo de amanhã.

Mesmo com gols, Laércio sabe que pode sair

“Vê se marca um gol para ajudar a gente, hein?” Parecia uma frase fortuita no meio do café da manhã, mas parece que o atacante Laércio levou a sério. Ao marcar o gol de empate na partida de domingo contra o Francisco Beltrão, o jogador abriu o caminho para a segunda ?virada? do Coritiba na temporada, resultado que garantiu a segunda posição da Chave Sul, que chegou a escapar das mãos alviverdes durante a última rodada.

E um gol que pode garantir um futuro mais “tranqüilo” para Laércio na temporada. Ele permanece titular, e assim ficará no jogo de amanhã, contra a Adap, no Couto Pereira. Mas, ao mesmo tempo, o jovem (20 anos) jogador sabe que – mais cedo ou mais tarde – ele ficará à margem da poderosa trinca Luís Mário (hoje seu companheiro de frente), Aristizábal e Tuta. Por isso, cada boa atuação é importante, já que pode permitir que ele se torne um ?reserva de luxo?.

Cumprir promessas, nesse contexto, ajuda muito. “A gente conversou na manhã de domingo e ele falou que esperava um gol meu. Fiquei feliz de conseguir marcar e ajudar o Coritiba a vencer o jogo lá em Beltrão”, comenta Laércio, cujo apelido “Pérola Negra” já é conhecido pelos torcedores. “Eu tenho que aproveitar a chance de atuar, ainda mais com jogadores da categoria do Luís Mário e do Aristizábal”, festeja o atacante.

Garotada

Na partida de domingo, eram nove os jogadores formados nas categorias de base do Cori a participar do grupo que enfrentou o Beltrão – Miranda, Márcio Egídio, Pepo, Adriano, Laércio, Danilo, Ricardo, Tiago Santos e Bruno. Além deles, Tesser e Wágner também estavam no sudoeste, fechando a delegação de vinte jogadores com onze pratas da casa.

continua após a publicidade

continua após a publicidade