O Coritiba deu o primeiro passo ontem para viabilizar a construção de um novo estádio, provavelmente no Alto da Glória. Uma reunião entre a W/Torre, empresa interessada numa parceria com o clube, e a comissão do Alviverde que está analisando o assunto aconteceu no próprio Couto Pereira, mas a definição deve demorar mais um pouco.
A diretoria trabalha para acertar tudo este ano, mas o Coxa ainda quer discutir questões-chave para assinatura do acordo, como projeto arquitetônico e permanência de aspectos históricos. A capacidade, no entanto, parece estar definida em 40 mil lugares.
“Hoje (ontem), houve um encontro pessoal (com representantes da W/Torre), mas nós estamos em reunião permanente há dois meses e meio, três meses e permanentemente no telefone, e-mail, fax, teleconferência. Mas hoje (ontem) aconteceu um encontro pessoal com vistas a tentarmos dar mais um passo e demos mais alguns passinhos”, revela Marcos Hauer, vice-presidente do Coritiba e que responde pela comissão interna do clube sobre o estádio. Segundo ele, não dá para fazer nada a toque de caixa. “A coisa é complicada, você tem que analisar tudo com profundidade para não tomar nenhuma decisão assim rápida”, avisa.
Mesmo assim, alguns pontos avançaram. “Discutimos muito sobre diversos aspectos de localização, técnico de conveniência, de história do clube e tudo isso foi abordado, mas nada em definitivo”, destaca. Para ele, o Couto Pereira cumpriu a função durante 40 anos, mas agora precisa ser remodelado.
“É lamentável que a gente tenha que dizer isso, mas ele está ocioso, está totalmente superado e nem de longe atende o que a Fifa apregoa hoje em termos de condições, segurança, etc, etc.”, aponta Hauer, que aposta mais na construção de um estádio totalmente novo sem o aproveitamento de nada do atual.
Mesmo assim, tudo está em aberto. “Demolir o estádio não está definido e depende de um estudo técnico, arquitetônico e as coisas não evoluíram suficientemente para dizer que vai ser demolido ou não. Eu garanto ao nosso torcedor que alguma coisa melhor nós iremos deixar”, garante. E algo em torno de 40 mil lugares.
“Ninguém mais fala naqueles megaprojetos de cento e pouco, hoje fala-se em conforto para que o cidadão vá ao estádio e se sinta confortável ao ponto de gastar bastante e querer voltar muitas vezes”, prevê.
E ceder o estádio para a Copa do Mundo interessa ao Coritiba? “Quem deve se preocupar com Copa é a autoridade municipal, estadual e a CBF. Eu me preocupo com o Coritiba, que tem que ter um estádio dentro do que apregoa a Fifa. Para o Coritiba o que interessa é o estádio”, finaliza.