Eudes Pedro volta a trabalhar com Antônio Lopes. |
Um dos profissionais mais ligados à história recente – e vitoriosa – do Atlético foi contratado ontem pelo Coritiba. O preparador físico e auxiliar técnico Eudes Pedro dos Santos será o braço direito de Antônio Lopes em 2004.
Com experiência nas duas funções e com um trabalho valorizado em Curitiba, o profissional foi uma das raras unanimidades da ?lista? de interesses coxa, seja na comissão técnica, seja nos possíveis nomes para o elenco.
Talvez por isso, a negociação tenha sido tão rápida. “Foi uma decisão comum entre treinador, comando do futebol e diretoria”, explica o vice-presidente eleito Domingos Moro. A sugestão partiu de Lopes, e o coordenador técnico Sérgio Ramirez foi o encarregado da primeira conversa. “A gente se entendeu rapidamente, e depois o Oscar (Yamato, gerente de futebol) acertou tudo comigo”, conta Eudes, que está de férias em Recife.
Para o auxiliar, nada melhor que voltar a Curitiba. “Você não imagina o quanto eu estou feliz de voltar ao futebol, e justamente trabalhando no Coritiba”, festeja. Eudes passou boa parte da carreira no Atlético, onde chegou ao lado do fisicultor Riva de Carli. Eles formaram um dupla que elevou o ?status? da preparação física no Joaquim Américo, e criaram uma forma de trabalho que usou ao extremo a estrutura do CT do Caju, fazendo história no Atlético.
O trabalho deles foi reconhecido de tal forma que, em 2001, Eudes já fazia “trabalho duplo”. “Eu passei a também assessorar o Geninho no comando técnico”, relembra o auxiliar coxa. Ele ficara responsável pela informatização das preleções e pelo acompanhamento dos adversários. O trabalho deu tão certo que, no ano seguinte, ele foi alçado a auxiliar efetivo, já com Riva como treinador.
Mas indisposições com alguns dirigentes do Atlético fizeram Eudes deixar a Baixada. “Mas o Mário Sérgio apareceu com um convite, e me levou para o São Caetano”, diz. Dali em diante, o preparador físico começou a projetar seu novo futuro. “Quando penso no futuro, eu me vejo como técnico, e não mais ligado à preparação física”, reconhece.
Ele ganha, no Coritiba, uma nova chance de mostrar trabalho. “Estou indo para um clube que sempre tive vontade de trabalhar, e que encaixa no perfil que eu gosto. Tinha propostas mais vantajosas, uma até do exterior, mas quando o Coxa me contatou não bobeei e aceitei na hora”, garante. “Vou poder ajudar pessoas honestas, como as que trabalham no clube, e que além de tudo são profissionais competentes”, elogia. “Foi uma contratação muito boa”, completa Domingos Moro. Eudes chega a Curitiba no dia 2, e já começa a trabalhar a pré-temporada alviverde.
Nem clube nem Lopes confirmam nome de Cadu
Se os ex-jogadores do Vasco, por terem trabalhado com Antônio Lopes, podem ser reforços em potencial para o Coritiba, o centroavante Cadu pode pintar no Alto da Glória em 2004. O jogador afirmou que foi procurado pelos alviverdes, e manifestou interesse em voltar da Coréia, onde defende o Chonbuk.
Com apenas 20 anos, Cadu deixou o futebol brasileiro para enfrentar a aventura coreana -que dá dinheiro, mas coloca o atleta em maus lençóis, principalmente quando se percebe o choque cultural. Por isso, o possível interesse coxa alegra o centroavante. “Seria muito bom voltar a trabalhar com o professor Lopes”, comenta.
Isso porque foi o treinador coxa que lançou o jogador, na temporada passada. Em um elenco jovem, Cadu se destacou, e rapidamente “ganhou o mundo”. A passagem dele pelo Chonbuk foi boa, tanto que os coreanos querem comprar o passe do jogador. “Foi interessante jogar na Coréia”, admite.
Mas quem, no final das contas, decide tudo, é o Vasco da Gama. Cadu ainda pertence ao clube carioca (ele foi emprestado para o Chonbuk), e ele tem consciência de que o time de Eurico Miranda tem controle sobre seu futuro. Do lado do Coritiba, ninguém confirma o interesse no jogador.