Rafinha estréia como profissional.

Um garoto de 18 anos é a principal novidade do Coritiba na partida de amanhã, às 16h, contra o São Caetano, na retomada alviverde no campeonato brasileiro.

Após uma renhida disputa com Tesser, o lateral Rafinha vai ocupar a vaga aberta pelo contundido Jucemar, e vai começar jogando como profissional pela primeira vez no Couto Pereira.

A opção por Rafinha foi tomada após vários treinos em que ele e Tesser se revezaram como titulares. “Ele é um jogador de força ofensiva e de qualidade na marcação. Com isso, a gente ganha muito, e eu tenho certeza que ele vai se dar bem contra o São Caetano”, explica o técnico Antônio Lopes.

Em resumo, o que o treinador quer é um jogador ousado pelo lado do campo. Tanto que o pedido para Rafinha (e também para Adriano) é que seja um jogador de ataque quando o time tiver a posse da bola, se possível revezando na chegada à linha de fundo com os atacantes. E até mesmo indo para a área para tentar o cabeceio – o que aconteceu com freqüência esta semana.

Rafinha entendeu o que Lopes pretende. “Ele conversou muito comigo, e disse para eu jogar meu futebol. E para cumprir as orientações que ele passou durante a semana”, resume. Companheiro de quarto de Luís Mário, o jogador aproveita os conselhos deste e dos outros jogadores experientes do Coxa. “Eles me passaram muita calma e confiança. Com a ajuda deles, acho que vou poder ajudar o Coritiba”, afirma.

Nas outras posições, o time já estava definido desde o anúncio das contusões de Jucemar e Márcio Egídio. O principal trabalho de Antônio Lopes foi o de acertar a pontaria da equipe, que anda irregular – o Cori tem um dos piores ataques do Brasileiro, com cinco gols marcados (mesmo número do Guarani). “Eu senti melhora nessa semana. Os jogadores perceberam que é importante fazer no jogo o que se faz no treino”, diz o treinador.

A intenção é montar uma equipe ofensiva, mas ao mesmo tempo prudente. Tanto que em todos os trabalhos da semana Lopes programou marcação forte nos principais pontos de criação do São Caetano (no caso, Gilberto). Mas isso, sem deixar de colocar o ataque como prioridade. A formação coxa para enfrentar o São Caetano conta com Fernando; Rafinha, Miranda, Reginaldo Nascimento e Adriano; Ataliba, Roberto Brum e Luís Carlos Capixaba; Tuta, Luís Mário e Aristizábal.

Marquinhos pode jogar pelo São Paulo

A negativa persiste. Apesar de, nas entrelinhas, confirmar o interesse (e a grande possibilidade de acerto) pelo meio-campista Marquinhos, do São Paulo, os diretores do Coritiba continuam garantindo que não há nada certo entre o clube e o jogador. Entretanto, está marcada uma reunião para terça, na qual o acerto pode sair. O problema é que o armador não deve estar no Brasil.

Marquinhos estará na delegação do São Paulo que enfrenta o Once Caldas, em Manizales, pela Copa Libertadores. A princípio, ele ficaria no banco, mas o técnico Cuca (principal avalista do armador no Morumbi) pode escalá-lo como titular, após as más atuações de Souza e Danilo na quarta-feira.

Uma boa atuação pode fazer com que o ex-jogador do Paraná volte a ganhar força no Tricolor, que tem contrato com ele até o final do mês – e a diretoria já avisou que não quer renovar. Mais: se jogar hoje contra o Grêmio, Marquinhos chega a sete jogos no Brasileiro, e não poderá mais jogar em nenhum clube da Série A. Interessado em sair, o armador tenta rescindir seu contrato o mais rápido possível, e para isso iria se reunir na noite de ontem com dirigentes paulistas.

Além disso, há o interesse do Sporting de Lisboa. Segundo amigos de Marquinhos, esta seria a única proposta capaz de tirar o jogador do Alto da Glória. Mas como não houve nenhuma investida oficial dos portugueses, o Coritiba permanece como o destino mais provável dele – fato já confirmado pelo próprio Bayer Leverkusen.

Mas, por enquanto, a diretoria alviverde fecha-se em copas. “Não existe nada acertado”, garantiu o vice-presidente Domingos Moro à Rádio Paraná. “Vamos respeitar o contrato do atleta com o São Paulo”, disse o presidente Giovani Gionédis à RPC. “O interesse é real, mas por uma questão de ética eu não vou comentar. Temos que esperar o desenrolar dos fatos”, completou o coordenador técnico Sérgio Ramirez, em entrevista à Rádio Educativa.

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