Que venha o Internacional, com dois ou três atacantes. O Coritiba está definido para enfrentar o colorado gaúcho amanhã, às 15h, no Beira-Rio, com sua formação tática costumeira. Com o retorno do trio Danilo, Edu Sales e Marcel, o técnico Paulo Bonamigo confirmou a equipe considerada ideal, à exceção do ainda lesionado Edinho Baiano. E promete encarar de frente o time da casa, para manter uma das melhores campanhas do campeonato brasileiro jogando fora de casa.
Para o treinador coxa, o importante é saber como o Cori vai jogar. “Claro que vamos estudar o adversário, saber como eles jogam, mas tenho que pensar no Coritiba”, explica Bonamigo. E antes mesmo de qualquer preocupação tática, ele quer mais atitude do time. “Nós vamos precisar ter a força de vontade que sempre mostramos fora de casa. Contra o Criciúma, enfrentamos um adversário motivado e conseguimos vencer”, resume.
Por sinal, o exemplo da partida em Santa Catarina é o mais citado pelos alviverdes. “O jogo é bem parecido com o do Criciúma. É um adversário direto, e nós precisamos recuperar os pontos que perdemos em casa”, comenta o goleiro Fernando. “Se entrarmos em campo com aquela motivação, vamos buscar a vitória em Porto Alegre”, completa o atacante Edu Sales, uma das novidades do Cori.
Edu terá a incumbência de puxar os contra-ataques, que podem ser fundamentais. “O Beira-Rio é um estádio bom de se jogar, e nós temos que aproveitar os espaços que o Inter vai nos dar”, afirma o jogador. As saídas em velocidade foram treinadas à exaustão por Bonamigo, que também preveniu a defesa sobre as jogadas de escanteio, quando os zagueiros Wilson e Vinícius sobem para o apoio.
Bonamigo até trabalha as jogadas específicas, mas garante que o Cori não muda seu estilo, mesmo que o Inter venha com três jogadores na frente – á dúvida gaúcha é entre Cidimar e Élder Granja. “Eles tem uma forma parecida com a nossa quando o Lima joga (amanhã o meia fica no banco), com três na frente. Mas o fundamental é o espírito, e se nós tivermos vontade de vencer, já teremos um bom caminho andado”, finaliza o treinador coxa.
Lima pode ser negociado com o Cruzeiro
Antes Adriano, agora Lima. O meia-atacante do Coritiba admitiu ontem que pode ser negociado com o Cruzeiro, reforçando o time mineiro no início do ano que vem. Apesar da diretoria não comentar o assunto, o rumor aumentou muito nas últimas horas, principalmente depois da confirmação do jogador.
Perguntado sobre a possibilidade de jogar em Minas Gerais, Lima disse que fora informado do interesse, mas que o negócio ainda não estava fechado. “Eles estão conversando, mas não tem nada resolvido”, afirmou. Segundo o jogador coxa, intermediários já conversam com o Cruzeiro há um bom tempo. Mesmo que acertasse, o meia jogaria pelo Cori até o final da temporada, se apresentando na Toca da Raposa em janeiro.
Os direitos federativos do jogador são divididos entre o Coritiba (51%) e empresários (49%), o que indica que nenhum negócio poderia ser fechado sem o aval do clube. Apesar disso, as notícias sobre a possível saída de Lima pipocam desde o início do ano, quando houve a confirmação da primeira proposta do Cruzeiro. Depois, Santos e Racing Santander demonstraram interesse, mas não chegaram a fazer ofertas pelo jogador coxa.
Do lado do Coritiba, nada se fala. “Eu não vou comentar esse assunto”, disse o secretário Domingos Moro. Mas sabe-se que o clube, depois de não ter aprovada a emissão de ações para o Cori S/A, precisa arrecadar fundos para fechar as contas do ano. E, apesar dos esforços da direção, nunca se negou que jogadores poderiam ser negociados. Sendo isso ?inevitável?, a intenção do clube é manter os atletas até o final do ano.
Enquanto isso, os rumores da ida de Adriano para Portugal arrefeceram. Como o Cori não deu autorização para o empresário Armindo Aguiar negociar o lateral, o interesse de Benfica e Porto ficaram – por enquanto – pelo caminho. O time de Lisboa tenta agora contratar Fissas, que joga no Panathinaikos.
Consulta
O Coritiba ainda procura dados que confirmem a irregularidade na inscrição do jogador Róbson, do Fortaleza – o que permitiria o ganho de dois pontos na Justiça. “Até agora ouvimos muita coisa, mas nenhum documento”, afirmou o gerente Oscar Yamato.
