Foto: Valquir Aureliano

Gionédis explica hoje sobre o novo sistema que será implantado.

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O Coritiba começa a viver, a partir de hoje, uma nova era na captação de talentos para as categorias de formação. Numa parceria com a empresa Craques, todo o processo de inscrição será feito pela internet e abrangerá pretendentes que tenham nascido entre 1987 e 2000. Os interessados poderão monitorar o andamento da avaliação pela rede de computadores, caso sejam aprovados pelos profissionais do Alviverde, que colocarão os pretendentes para atuar no CT da Graciosa. Isso tudo, no entanto, terá um custo de R$ 58,00.

A novidade foi lançada nos mesmos moldes na Portuguesa, União São João e Botafogo. Em cada um desses clubes, o interessado em virar jogador de futebol se inscreve, paga a taxa e espera pelo dia da avaliação. Se passar, segue em frente e continua sendo chamado para novos treinamentos nos locais estipulados. Os melhores são aproveitados e entram para as equipes infantil, juvenil e juniores. A primeira peneirada do novo modelo do Coritiba já tem data para acontecer: 9/9/2007, mas o clube pode adiar o dia da avaliação dependendo do número de inscritos.

Nos clubes que já iniciaram o projeto, a polêmica ficou por conta da cobrança pelo teste inicial. Isso não acontece atualmente, onde a garotada comparece às peneiradas marcadas previamente pelas categorias de base do clube e não paga nada. Em entrevista coletiva hoje à tarde no Couto Pereira, o presidente Giovani Gionédis, o diretor das categorias de base Paulo Renato Heyn e a diretora da Craques, Rosane Kogut, explicarão os detalhes dessa parceria.

Excursão

A Império Alviverde está promovendo uma excursão para acompanhar a partida contra o MAC. A saída acontece às 7h de sábado e a passagem custa R$ 60,00 e não dá direito ao ingresso. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 3253-7148.

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René promete dar uma sacudida geral

O técnico René Simões deverá usar o treino de hoje para dar uma sacudida no elenco do Coritiba. Pelo menos, nos 20 jogadores que estão com a delegação em Marília. Para ele, o time simplesmente não jogou contra a Portuguesa e não pode repetir a apatia contra o Tigre, às 16h de sábado, no Bento de Abreu. ?Não quero ver meu time reagindo. Eu quero ver o meu time agindo. A gente espera tomar 3 a 0 para jogar?, desabafou. Por isso, além da ausência de Rodrigo Mancha, suspenso, e da volta de Edson Bastos ao gol o time deverá ter outras alterações.

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?Alguma coisa tem que ser feita para a gente começar o jogo bem. É muito fácil culpar um ou dois jogadores, mas você tem que acertar e fazer o time jogar?, aponta René. Assim, é possível que ele mexa em algumas peças, que não estão rendendo. O volante Careca foi substituído no intervalo, mas sem Mancha ele deve continuar como titular. O mesmo não se pode dizer do meia Caíco e do atacante Ânderson Gomes, que deixaram a desejar. Eles poderiam abrir lugar para Túlio e Hugo, dependendo dos trabalhos de hoje e amanhã.

Ontem, após um treino regenerativo na capital paulista, a delegação seguiu para Marília. Hoje, os jogadores trabalharão num campo a ser definido, quando o treinador comandará o coletivo apronto. Para comandar o confronto contra o Tigre, a CBF sorteou o baiano Aristeu das Mercês Ramos, que será assistido pelos conterrâneos Belmiro da Silva e Marcos Welb Rocha de Amorim.

Torcedor tem mais de 400 uniformes  do Coxa

Foto: Valquir Aureliano

Fernando Cabral exibe a camisa de 1961 e a do título de 1985.

O Coritiba pode estar na segunda divisão, mas não esfria a paixão que alguns torcedores têm pelo time. Que o digam os que vão ao Couto Pereira assistir aos jogos da Série B em número bem maior do que vários clubes que estão na A. Desses, um em especial acrescenta a essa paixão a ?loucura? por colecionar camisas do Coxa. É o caso do empresário Fernando Cabral, que já tem mais de 400 uniformes oficiais do time do coração e mais umas 800 camisas de outras equipes. Entre as relíquias estão uma usada pelo goleiro Rafael na final do Brasileiro de 1985 e outra usada por Jairo, nos anos 70s. Em entrevista ao Paraná-online ele conta como começou a coleção e como faz para ter tantas.

Paraná-online – Como começou essa ?maluquice? pelo Coxa?

Fernando Cabral – Inicialmente, em 1987, comecei ganhando as camisas que meu primo Luiz Fernando utilizava nos jogos pelo Coritiba (ele jogou aqui em 1987 e 1988). Depois disso fui colecionando as camisas que iam surgindo e indo atrás também de camisas mais antigas.

Paraná-online – Quantas camisas exatamente você tem?

Fernando – Do Coritiba tenho cerca de 400 e ao todo mais de 1.200.

Paraná-online – Qual a mais valiosa, a mais querida, a mais difícil de conseguir? Tem alguma hisória engraçada para contar sobre o jeito para conseguir alguma delas?

Fernando – A mais valiosa sem dúvida é a camisa do Rafael Camarotta, usada na conquista do Brasileiro de 1985. Essa camisa, inclusive, está no memorial de taças do Estádio Couto Pereira. Como faço parte dos Helênicos, grupo que estuda e pesquisa a história do Coritiba, já fiz a doação de toda a coleção ao futuro Memorial do Coxa, para que os torcedores possam conhecer muitos dos uniformes do clube. Tenho um carinho muito grande pelas camisas que ganhei de presente de parantes e amigos, então é dificil eleger a mais querida. Todas essas que ganhei acabam tendo um valor maior para mim até das camisas que precisei comprar.

Histórias curiosas tenho várias. Já tive que ficar traduzindo francês para trocar umas camisas com um estrangeiro. Já tive que conseguir camisas de todos os clubes da primeira divisão do Brasil para trocar por uma camisa do Ronaldo usada na Copa de 98. Fiquei mais de três anos tentando convencer um colecionador a se desfazer de uma camisa do goleiro Jairo até conseguir convencê-lo a trocar por uma camisa do Leão do Palmeiras.

Paraná-online – Quanto você já gastou com essa paixão?

Fernando – Não tenho idéia de quanto gastei até hoje, mas não foi muito não, pois ganhei muitas camisas e sempre acabo conseguindo as camisas em trocas com outros colecionadores.

Paraná-online – Onde e como você guarda todas elas?

Fernando – Guardo as camisas em minha empresa, tenho algumas araras onde deixo elas penduradas.

Paraná-online – É possível vê-las, você pode expor elas em algum lugar algum dia?

Fernando – Irei expor as camisas do Coxa no memorial. As de outros clubes e seleções não pensei ainda em expor.