O problema não é de agora, mas a impressão é que o mal será finalmente atacado. Depois de sofrer mais um ano sem artilheiros natos, o Coritiba definiu como prioridade para 2003 a contratação de um ‘matador’, daqueles que o clube sempre teve em sua história. Isso para melhorar a média de gols da equipe, que nos últimos anos foi apenas regular.
Os torcedores do Cori lembram, à sua época, os centroavantes e atacantes que marcaram a história do clube. O maior deles talvez tenha sido Duílio, o maior artilheiro do futebol paranaense. Também houve Maxambomba e Pizzatinho na gênese alviverde, assim como houve Ivo, Zé Roberto, Hélio Pires e Freitas. E nos últimos anos houve Índio, Chicão, Magrão e Cléber.
Nos últimos dois anos, o Cori contava com jogadores de reconhecida capacidade de artilharia – principalmente Evair, que vestiu a camisa alviverde por treze meses. Neste Brasileiro, a grande esperança era Genílson, que não correspondeu nem deve retornar na reapresentação do dia 11 de dezembro, apesar de ainda ter contrato em vigor. O artilheiro da equipe na competição foi a revelação Lima, que não era (em teoria) o responsável principal pelos gols. Ele marcou oito vezes, pouco em relação aos atuais artilheiros do campeonato, o gremista Rodrigo Fabri e o são-paulino Luís Fabiano, que têm dezoito.
E os números confirmam a atuação discreta do ataque alviverde nos últimos tempos. Em jogos oficiais, o Coritiba marcou 168 gols em 117 partidas em 2001 e 2002 (a média é de 1,44 gols por jogo). A artilharia deste ano é um pouco pior – 65 gols em 46 jogos, com uma média de 1,41. O mau rendimento fez o Cori terminar a temporada com saldo negativo, já que sofreu 72 gols.
Em vários jogos o Cori penou com a falta de gols, e isso irritou o técnico Paulo Bonamigo. Por isso, a diretoria não vai esperar as renovações de contrato de jogadores fundamentais (no caso, Reginaldo Nascimento, Edinho Baiano, Fernando, Tcheco e Lúcio Flávio) para tentar trazer um centroavante. O primeiro a ser citado por Calmon, do Malutrom, que chegou a ser sondado – mas alguns interlocutores ouvidos pela diretoria não deram boas referências.
Fica agora como primeira opção o artilheiro do rebaixado Gama, Dimba, que marcou 17 gols no Brasileiro (dois deles na goleada de 4 a 0 imposta pelo time brasiliense ao Cori). “Qualquer clube brasileiro tem interesse por um jogador como o Dimba”, revela o secretário coxa Domingos Moro. Sonho é o retorno de Liédson, já que o Coritiba ainda tem parte do vínculo do atleta. “Essa situação é mais complicada”, confessa Moro.
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