O Coritiba apresenta hoje a nova dupla de ataque para o Campeonato Brasileiro. Vindos do interior paulista chegam os artilheiros Genílson, do Rio Branco, e Tico Mineiro, do Francana. Eles se juntam ao zagueiro Edinho Baiano e ao volante Roberto Brum (apresentados ontem) e devem fechar o pacote de contratações para a disputa do nacional. Novas caras só deverão aparecer caso algum jogador deixe o clube.
“Com esses nomes, o Coritiba só fica devendo um zagueiro se o Picolli não acertar e talvez mais um meia”, informou Moro. Para ele, o resultado do amistoso de domingo dá a impressão de que o time está no caminho certo para a disputa do Brasileiro e que os reforços deverão fazer do Alviverde um candidato a protagonista da competição. “Há seis meses atrás ninguém sabia nem o apelido do destaque da partida contra o Inter e hoje todo mundo conhece o Alexandre Favaro”, comemora.
O dirigente está confiando também na experiência e na dedicação dos novos contratados para tentar reverter a maré baixa do clube. “Esses dois aqui (Brum e Baiano) são mais do que profissionais, são amigos. O Genílson recusou uma proposta do Guarani porque preferiu jogar no Coritiba. É com esses jogadores que eu gosto de lidar, não com aquele procurador do Gil Baiano que mesmo com declarações gravadas e documentos assinados levou o jogador para o Bahia”, desabafa.
Escaldado com as artimanhas de empresários, Moro está procurando fechar contratos diretamente com os atletas. Assim foi com as duas reapresentações de ontem. O zagueiro Edinho Baiano renegociou a dívida que o clube do Alto da Glória tinha com ele e aceitou retornar. Aos 35 anos, ele vem para dar mais experiência à jovem zaga do Coritiba. Segundo Moro, os novatos Allan e Danilo nunca jogaram tão bem enquanto estiveram ao lado do pernambucano (apesar do apelido contraditório). O mesmo vale para Brum, que apesar de ter apenas 24 anos, encarnou como ninguém o espírito do time verde e branco.
Renovações
O atacante Da Silva está praticamente acertado para ficar mais seis meses no Alto da Glória. Quanto ao zagueiro Picoli, a situação é um pouco mais complicada e a negociação pouco evoluiu..
Finanças estão sob controle
“É normal numa campanha política que comecem a aparecer essas denúncias”. A frase é do secretário do Conselho de Administração do Coritiba, Domingos Moro, que tenta explicar que a atual situação do clube não é de terror apesar da ameaça de suspensão pela Fifa e da penhora do CT da Graciosa. Para o dirigente, a situação financeira é crítica, mas está sob controle.
Conforme Moro, não existe a possibilidade de o clube fechar as portas nas vésperas do Campeonato Brasileiro.
A Fifa está obrigando o Coritiba a pagar uma dívida de R$ 1 milhão para o empresário espanhol José Martin que teria uma procuração para vender o meia Mozart. Como esse documento não foi respeitado e a comissão não paga, o empresário ingressou na entidade para fazer valer os seus direitos.
Quanto a penhora pretendida do CT pela Caixa Econômica Federal (devido ao não recolhimento do FGTS de 30 anos), Moro não quis se aprofundar na questão. “A situação está administrada juridicamente””, finalizou. (RS)