Coritiba apresenta dois reforços. E hoje tem mais

Quando a diretoria do Coritiba falou que iria acelerar o processo de contratações, não se imaginava que seria tão rápido. O clube acertou a vinda de mais quatro reforços para a temporada 2006 – os goleiros Artur e Júlio Sérgio, o lateral-direito Wilton Goiano e o atacante Marcelinho. Com isso, em apenas dois dias do período de negociações, o Coxa já tem seis novos jogadores para 2006 – e já tem 24 atletas para a próxima temporada.

O anúncio foi feito em partes. Pela manhã, Artur chegou a Curitiba para assinar seu contrato. E Marcelinho foi à tarde ao Alto da Glória. Ambos saíram para fazer os exames médicos e só foram oficialmente apresentados depois de aprovados nos testes. ?Estou muito feliz por estar em um clube de primeira linha, que é um dos melhores do País em estrutura e em qualidade?, diz o goleiro de 24 anos. ?Quero fazer a minha parte para ajudar o Coritiba a voltar para a Série A?, completa o atacante de 21 anos.

Ambos chegam conscientes do que precisam fazer – tanto dentro quanto fora de campo. ?Temos que assumir a nossa responsabilidade. Ninguém vai chegar aqui para ficar parado e sim para conseguir vitórias. Temos que contar com gente de gana e nós temos que dar o exemplo?, resume Marcelinho. ?Quando eu fui procurado, falaram que estávamos encarando um desafio. E eu gosto de desafios, ainda mais em um clube como o Coritiba?, afirma Artur.

E os dois sabem, também, que esta é uma chance de ouro – apesar de encararem uma temporada complicada, principalmente com a disputa da Série B, Artur e Marcelinho podem aproveitar a oportunidade para se firmarem como titulares de um clube grande. ?Foi por isso que eu aceitei a proposta do Coritiba, mesmo tendo ofertas de outras equipes (seriam Internacional e Santos). Eu quero ter a chance de ter uma seqüência de jogos?, diz o goleiro. ?Não vou desperdiçar esta oportunidade?, garante o atacante.

Artur tem mais experiência, pois já jogou no time principal do Cruzeiro nas últimas quatro temporadas. ?Foram setenta partidas como titular?, lembra o jogador, que foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2003. Já Marcelinho jogou apenas onze partidas pelo Atlético-MG (que detinha seus direitos federativos), mas teve uma passagem no futebol dinamarquês, atuando no Aalborg. ?É um estilo de jogo diferente, mas que pode me ajudar muito na carreira?, garante.

Os outros dois reforços não foram anunciados oficialmente, mas devem estar hoje, no Couto Pereira, para assinarem seus contratos. Júlio Sérgio, 27 anos, já atuou por Malutrom, Santos e Juventude, e vem para disputar posição com Artur. E o lateral Wílton Goiano, 26 anos, jogou a Série B deste ano pela Portuguesa de Desportos.

Almir Zanchi é o elo que faltava

Faltava alguém no Coritiba em 2005 – pelo menos esta era a principal crítica que se ouvia quando se falava em departamento de futebol. Agora, o elo entre a Diretoria Executiva, jogadores e comissões técnicas é o diretor de futebol Almir Zanchi. Não é uma tarefa nova para ele, que já ocupou o cargo em 1991 e 1995. O desafio, agora, é montar um time forte para voltar à Série A em 2006, mas sem o orçamento ?recheado? dos últimos anos. Nesta entrevista ao Paraná-Online, Almir garante uma ?equipe de homens, que honre a camisa?.

Paraná-Online – Quais são as diferenças de trabalhar agora no Coritiba?
Almir Zanchi – Na verdade, hoje o Coritiba está muito organizado. Na época que estive aqui, o clube não tinha CT, não tinha o potencial de hoje, não tinha a estrutura. As pessoas que dirigem o Coxa são profissionais, que se dedicam somente ao clube. Antes não era assim, os diretores tinham suas atividades e davam expediente no final da tarde.

Paraná-Online – Como se trabalha em um período curto, tendo a obrigação de contratar com rapidez e sem erros?
Almir Zanchi – O Coritiba precisa não de jogadores com nome, e sim com vontade de vestir a camisa. Estamos apostando em atletas com vontade de vencer. E vencer como? Saindo da Série B e, junto com o Coxa, estar na primeira divisão no final de 2006.

Paraná-Online – Este é um recado para a torcida?
Almir Zanchi – É isso mesmo. A torcida pode esperar um time com bons valores. Não jogadores de renome nacional, mas sim aquele Coritiba que a torcida sempre esperou. Uma equipe aguerrida, com atletas que tenham paixão pelo clube. E estes torcedores podem ter certeza que os jogadores que vestirão a camisa do Coxa serão homens. Nunca me escondi atrás de nome de jogadores. E nós temos estrutura, vamos ter elenco para fazer um grande papel e voltar para a primeira divisão.

Coxa de roupa nova

O Coritiba já tem novo fornecedor de material esportivo. Após oito anos de contrato, o clube deixará de usar equipamentos da Penalty e passará a usar a marca italiana Diadora, que até este ano estava vestindo o Palmeiras. O contrato foi assinado ontem, pelo presidente Giovani Gionédis, que assumiu, pessoalmente, as negociações nos últimos dias.

O acerto acabou sendo vantajoso para o Coxa. Houve um aumento no montante de material esportivo a ser cedido por ano (seriam dezesseis mil peças por temporada, o que representaria um aumento de 60% em relação ao fornecedor antigo), além de uma porcentagem maior na venda dos produtos para o consumidor.

Entretanto, como o contrato foi assinado apenas ontem, a produção do novo uniforme (que não deverá conter mudanças profundas) terá que ser acelerada. Mesmo assim, a tendência é que apenas em fevereiro o Coxa comece a usar sua roupa nova.

Briga deve acabar hoje

A pendenga que envolveu a eleição do Coritiba deve ser encerrada hoje. O presidente Giovani Gionédis comprometeu-se a retirar a medida cautelar contra seus adversários eleitorais. No último sábado, o juiz Sigurd Roberto Bengtsson acatou a medida e concedeu liminar obrigando o conselho a empossar Gionédis como presidente.

?Como Tico desistiu do recurso e retirou sua candidatura, conseqüentemente a ação proposta pela parte contrária perdeu o objeto?, explicou o presidente do Conselho de Administração, Júlio Militão da Silva.

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