Valquir Aureliano
Gilberto jogou com Edson Borges no time do Coxa nos anos 80s.

O Coritiba apanha o túnel do tempo e volta duas décadas na história em 2007. Os três principais comandantes técnicos do time na próxima temporada são ex-atletas, contemporâneos no Alto da Glória no final dos anos 80s.

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O passado como jogador coxa figurou entre os fatores importantes na escolha de Gilberto Pereira, segundo Giovani Gionédis. ?Ele tem amor pelo Coritiba, se identifica com o clube e sonhou estar aqui?, disse o presidente, ao apresentar o novo técnico.

O zagueiro e volante Gilberto, aliás, chegou ao Alto da Glória em circunstâncias semelhantes as do ?professor? Gilberto. Em 1988, foi contratado após boa temporada num time do interior – o Matsubara, ganhando assim a primeira oportunidade numa grande equipe. Como técnico, vem credenciado principalmente pela campanha surpreendente da Adap, de Campo Mourão, quando chegou ao vice-campeonato no Estadual-2006.

Há 18 anos, um dos jogadores alviverdes que recepcionaram o novato era Edson Borges, um atacante magro e espigado. ?Já dava para sentir que seria um treinador de sucesso. Era guerreiro e tinha espírito competitivo. Gilberto acrescentava muito ao elenco?, lembra Edson, que depois de quase cinco anos comandando os juniores coxa-brancas foi promovido a principal auxiliar do novo técnico.

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Anos depois, ambos se cruzariam outras vezes, já com a prancheta na mão – Gilberto dirigiu por três anos os juniores do Iraty e enfrentou muitas vezes o ex-companheiro no Coritiba. ?A parceria tem tudo para dar certo, pela amizade, pelo profissionalismo e competência do Edson. Ele conhece tudo do Coxa, principalmente as categorias de base, e será muito útil?, derrama-se Gilberto.

Assim, a definição do auxiliar durante o rápido acerto entre diretoria e técnico foi consensual. ?O próprio Gilberto sugeriu a promoção do Edson. Falei que já tínhamos essa intenção e tudo se encaixou?, disse Gionédis.

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Subindo no comando

Curiosamente, a ascensão de Edson abre espaço para outro ex-companheiro da dupla, Pachequinho. O atual técnico e seu auxiliar ainda jogavam no Coxa quando um júnior promissor subia para a equipe profissional. O novato atacante Pachequinho ensaiava os primeiros passos na categoria principal antes de se projetar no Coritiba, em 1990.

Agora, como técnico de base, deixa o comando da equipe juvenil e assume o posto de Borges nos juniores a partir da Copa São Paulo da categoria.