Coritiba adota estratégia para contrar Adriano

O Coritiba está fazendo a sua parte. Em entrevistas e nos bastidores, o clube segue tentando arrumar uma maneira de contratar o meia Adriano, que está prestes a deixar o Atlético. Depois da sondagem que partiu dos procuradores do jogador, o Coxa, mesmo sem fazer movimentos reais para levar o Gabiru, aposta no ‘clamor’ da torcida, na irritação de Juan Figger e no profissionalismo dos dirigentes rivais para chegar ao objetivo – ter o camisa oito rubro-negro pelo menos por seis meses.

A resposta do Cori às declarações do assessor da presidência do Atlético, Antônio Carletto, veio do vice-presidente Domingos Moro, que atacou de forma planejada o dirigente rubro-negro. “Eu acho que nós não podemos mais ficar nessa pequenez de um pensar o pior do outro. No futebol de hoje, é muito normal um jogador sair de um clube e jogar no rival. O Ricardinho saiu do Corinthians para o São Paulo”, comentou Moro.

E, ao mesmo tempo, o vice-presidente coxa apelou para a atitude profissional da diretoria do Atlético. “Nós vivemos um outro mundo no futebol. E sei que há gente de respeito em nossos co-irmãos, que sabem que há mais no esporte que a rivalidade. Temos que pensar na força do futebol paranaense como um todo”, disse Domingos Moro. O pensamento é forçar a direção atleticana a abrir o jogo claramente – ou, se for o caso, dar a mão à palmatória e aceitar uma negociação.

Por outro lado, o Coxa tenta “criar uma situação” para o empresário Juan Figger, que é ligado a Adriano – o procurador do meia, que teria sido o autor da ligação ao presidente Giovani Gionédis, é Luís Taveira. “Acho que este é o momento do Figger mostrar que realmente está se desligando de seu antigo parceiro e tem interesse real em firmar uma relação forte com o Coritiba”, afirmou o vice-presidente coxa, que conversou ontem sobre o caso Adriano com Gionédis.

Com tantas ações ‘invisíveis’, o Cori tenta, no final das contas, criar um ambiente favorável a vinda de Adriano. No Alto da Glória, comenta-se a reação positiva da notícia com os torcedores, o que anima a direção a continuar tentando, mesmo que se saiba que depois de tudo isso ainda seria necessário negociar com o meio-campista.

E se ele pedir um salário equivalente ao que tem no Atlético (em torno de 80 mil reais), a conversa já começaria difícil. “Esse valor o Coritiba não tem como pagar”, afirma um dos ‘cardeais’ do clube. Uma idéia alviverde é a de convencer o jogador a ficar pelo menos no período da Copa Libertadores – mas para se chegar a esse ponto, será preciso muita conversa, e muito convencimento.

Ainda está faltando gás

A vitória sobre o Paraná Clube deu a tranqüilidade que o Coritiba estava precisando neste início de ano. Mas não dá sossego: quinta (20h30, contra o Prudentópolis, no Couto Pereira, jogo que estava marcado para amanhã), a equipe disputa sua terceira partida em um período de oito dias. Em um ano em que o Coxa vai jogar muitas vezes, é um desgaste e tanto para o princípio da temporada.

E é natural que o elenco sinta. “No segundo tempo do clássico, a gente estava já bem desgastado. O gramado do Pinheirão é muito alto e vínhamos de uma partida na quinta. Foi complicado”, conta o atacante Luís Mário, que até pelo estilo de jogo é um dos que mais sentiu o cansaço domingo. Ele teve até que cobrir a ala-direita depois da expulsão de Tesser. Os outros recém-contratados, como Eder e Capixaba, também demonstraram desgaste acima do normal.

O período curto de preparação (foram quinze dias de pré-temporada) impediu a comissão técnica de realizar o trabalho físico e técnico considerado ideal. Tanto que Antônio Lopes se obriga, ainda, a realizar intrincados treinos táticos nas vésperas das partidas. “Não há tempo entre os jogos e então não tem recreativos nesse momento. Preciso usar todo o espaço possível”, justifica.

Juventude

– O Coritiba acertou o empréstimo de três jogadores para o Rio Branco. O lateral Marquinhos, o zagueiro Tiago Soler e o meia Douglas Peruíbe vão para Paranaguá disputar o campeonato paranaense e ganhar experiência. Também irá para o Leão o lateral-esquerdo Luisinho, do Lemense, que disputou a Copa São Paulo contra o Coxa.

Folga – Enquanto os jogadores do Coritiba realizavam o trabalho regenerativo, no CT da Graciosa, o técnico Antônio Lopes estava no Rio de Janeiro, resolvendo assuntos particulares. O ‘delegado’ volta hoje a Curitiba e comanda um coletivo às 16h, também no CT.

Novidade

– A principal novidade do time pode ser Jucemar, que entraria na vaga de Tesser, que cumprirá suspensão automática. O lateral, que veio do Criciúma, ainda está sem a regularização e a diretoria corre para conseguir liberá-lo para o jogo de quinta.

Volta – Marcel chegou na noite de ontem a Curitiba, depois da longa viagem de retorno da seleção sub-23, que não conseguiu vaga nas Olimpíadas de Atenas. Ele se reapresenta normalmente, mas a diretoria aguarda as confirmações de propostas – e não se nega mais com tanta veemência a possibilidade da ida do centroavante para o futebol coreano.

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