São Paulo – A revolta da torcida do Corinthians com a péssima campanha no campeonato brasileiro – o time está na zona de rebaixamento para a Série B, na 17.ª colocação – foi mostrada mais uma vez.
Na madrugada de ontem, alguns muros do Parque São Jorge foram pichados pelos torcedores. A diretoria do clube tratou de pintar o muro para tentar esconder os protestos.
As frases pedem a saída do presidente Alberto Dualib -?Fora Dualib? -, que está há mais de 13 anos no comando do clube, e fazem ameaças contra os jogadores – ?Tomem cuidado. Se o time cair, cabeças vão rolar?.
Pressionado pelos maus resultados da equipe (já são quatro derrotas consecutivas), o técnico Emerson Leão resolveu levar o elenco para uma semana de treinamentos na cidade de Jarinu, no interior de São Paulo. No entanto, logo no primeiro dia, um grupo de 15 torcedores invadiu o local, às 22h30, para conversar com o treinador e com os jogadores. Antes, porém, o mesmo grupo havia seguido até o Parque São Jorge com a intenção de acertar as contas com o próprio Dualib. Como o presidente não estava no clube, decidiram ir até a concentração corintiana.
Com as crescentes críticas por parte da imprensa, o elenco decidiu fazer uma greve de silêncio por tempo indeterminado. O único que ainda falou foi o meia Carlos Alberto, que está afastado desde a discussão com Leão no jogo contra o Lanús, na Argentina, e deverá ir até Jarinu para conversar pessoalmente com o técnico e tentar resolver sua situação com o clube.
Leão será julgado 2.ª-feira
O técnico Leão pode ser suspenso de 30 a 180 dias. Vai ser julgado pela 1.ª Comissão Disciplinar do STJD na noite de segunda-feira por causa da expulsão no jogo do Corinthians com o Santos, em 5 de outubro, no Pacaembu.
Leão foi denunciado com base no artigo 188 do CBJD, cujo texto prevê punição rigorosa a quem se manifesta ?de forma desrespeitosa, ou ofensiva? contra árbitro ou auxiliar em razão de suas atribuições.