A chegada de Ronaldo ao Corinthians, nesta sexta-feira, deu a dimensão da importância do jogador para o clube e o futebol brasileiro. Em um evento sem precedentes na história recente do país, o atacante foi recebido com euforia pela torcida, e vestiu pela primeira vez a camisa de seu novo time.
Ronaldo chegou ao Parque São Jorge por um portão restrito, sem ter contato com a torcida corintiana. Nos arredores do clube, o trânsito era intenso e, nas imediações da sede, pelo menos 2 mil fãs tentavam ver o jogador. A sirene, consagrada por saudar as grandes contratações do time, soou por volta de 10h30.
Depois da chegada sem contato com o público, o atacante dirigiu-se para uma concorrida entrevista coletiva. Segundo a assessoria do Corinthians, 440 veículos pediram credenciamento, mas apenas 118 puderam ser atendidos. A entrevista foi apresentada pelo ex-levantador Maurício, bicampeão olímpico com a seleção brasileira de vôlei.
Sentado ao lado do presidente do clube, Andrés Sanchez, do vice-presidente de marketing, Luis Paulo Rosenberg, e do diretor de futebol, Mario Gobbi, Ronaldo respondeu às perguntas de forma curta, e reiterou as promessas de se empenhar para recuperar a carreira no clube.
O assédio da torcida nas imediações do Parque São Jorge fez com que, para andar apenas 300 metros, o atacante tivesse de usar um carro. O destino seguinte foi o Estádio da Fazendinha, onde 6 mil torcedores esperavam pelo primeiro contato direto com o jogador. No curto trecho, torcedores corriam atrás do veículo. Novamente ao som da sirene, que mais uma vez tocou.
Ronaldo entrou no estádio abraçado ao lado presidente Andrés Sanchez, e foi saudado efusivamente pelos torcedores, sob uma chuva de papéis picados. Em um tablado no círculo central, o atacante falou pela primeira vez aos torcedores. Depois, caminhando, deu uma volta olímpica chutando bolas para as arquibancadas.