Parecia mais um empate sem gols de dar sono ao torcedor, mas as coisas pioraram na parte final da partida e o Corinthians perdeu por 2 a 0 para o Red Bull Brasil nesta quarta-feira, em Itaquera, pela quarta rodada do Campeonato Paulista. Foi a segunda derrota na competição e um sinal de alerta para o clássico de sábado contra o Palmeiras no Allianz Parque.

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De olho no primeiro grande teste neste início de ano, o técnico Fábio Carille manteve o revezamento entre os titulares. Contra o Red Bull, optou por uma formação inédita. Pela primeira vez, contou com a dupla de zaga formada por Henrique e Manoel. Na frente, Mauro Boselli foi a grande novidade.

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Léo Santos atuou improvisado na lateral esquerda no dia em que o Sevilla rejeitou a proposta do Corinthians pela contratação de Guilherme Arana. Ralf e Thiaguinho eram os marcadores do meio-campo e Ramiro entrou aberto pela direita, como jogava no Grêmio. Com tantas alterações, a equipe demonstrou total falta de entrosamento.

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Boselli, isolado na frente, demorou para pegar na bola. Ele se movimentava bastante, no bom estilo argentino de correr para pressionar os zagueiros, marcar o goleiro. Mas precisou voltar até a metade do campo para receber o primeiro passe. Ramiro e Fagner não se entendiam pela direita. Léo Santos, zagueiro de origem, não apoiava e Mateus Vital também apareceu pouco na etapa inicial.

O adversário ignorou o fato de ser visitante e tentou se posicionar ofensivamente. Chegou a ser superior ao Corinthians em alguns momentos, mas errava muitos passes e pouco assustou o gol de Cássio. Enquanto os times tentavam se encontrar em campo, o torcedor chegava ao estádio. A forte chuva que caiu em diversas regiões de São Paulo durante a tarde e o horário da partida fizeram com que boa parte da Fiel perdesse os minutos iniciais do duelo.

Não perderam muita coisa. O único chute a gol no primeiro tempo veio somente aos 33, com Boselli, que cortou e bateu cruzado, acordando as arquibancadas. No intervalo, o atacante Vagner Love, com a camisa 9, apareceu no gramado e foi saudado pelos torcedores. O jogador vinha treinando em separado no Besiktas e não tem data para estrear.

Carille mostrou que não gostou do que viu e colocou o time mais ofensivo na volta do intervalo com as entradas de Danilo Avelar e Pedrinho nas vagas de Léo Santos e Thiaguinho. Ramiro passou a atuar pelo meio. As coisas não mudaram muito para o Corinthians, que sofria para criar chances de gol e ainda era pressionado pelo Red Bull.

O técnico corintiano ainda tentou colocar Gustavo na frente, ao lado de Boselli. Jadson saiu. Mas estava difícil. O time não conseguia ter a posse de bola, havia pouca movimentação na frente e as tão treinadas linhas defensivas falharam. Ytalo aproveitou indefinição de Henrique e Cássio e mandou para as redes de cabeça. Gustavo, no fim, obrigou Júlio César a fazer grande defesa. Nos acréscimos, Bruno Tubarão fez o segundo, decretou a derrota alvinegra e a pressão para o clássico de sábado.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS 0 X 2 RED BULL BRASIL

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Léo Santos (Danilo Avelar); Ralf, Thiaguinho (Pedrinho), Ramiro, Jadson (Gustagol) e Mateus Vital; Boselli. Técnico: Fábio Carille.

RED BULL BRASIL – Júlio César; Aderlan, Léo Ortiz, Ligger e Rafael Carioca; Jobson (Barreto), Pio (Bruno Tubarão) e Uillian Correia; Osman, Roberson (Everton) e Ytalo. Técnico: Antonio Carlos Zago.

GOLS – Ytalo, aos 30, e Bruno Tubarão, aos 48 minutos do segundo tempo.

ÁRBITRO – Vinícius Furlan.

CARTÕES AMARELOS: Fagner (Corinthians); Uillian Correia e Piu (Red Bull).

PÚBLICO – 23.641 pagantes.

RENDA – R$ 753.456,00.

LOCAL – Arena Corinthians, em São Paulo (SP).