O Corinthians pisou no gramado do Mineirão na tarde deste domingo fora da Libertadores. Precisava ganhar do Cruzeiro para criar uma situação na tabela que pudesse lhe valer a classificação nesta 38.ª e última rodada do Brasileirão – adiada após o trágico acidente com a Chapecoense. Vencer, portanto, era o mínimo, já que o time paulista não dependia somente de suas forças. Atlético-PR e Botafogo ocupavam as duas últimas vagas do G-6. O Corinthians estava na sétima posição. Dessa forma, partiu para cima do rival mineiro com o que tinha de melhor: Romero, Marlone e Guilherme, além das investidas de Rodriguinho. Não foi suficiente. Apanhou de 3 a 2 e ficou fora da Libertadores. Perde prestígio e dinheiro, aproximadamente R$ 10 milhões. O time acaba o Brasileirão com 55 pontos, na sétima posição. Vai disputar a Copa Sul-Americana em 2017.

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Com 48 pontos, o Cruzeiro alcançou uma vaga na Sul-Americana – nada mal para uma equipe que frequentou a zona de rebaixamento na temporada. O anfitrião tratou de dar o seu recado aos 20 segundos, com uma chegada sem tanto perigo ao gol de Walter.

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Desde o começo, o time comandado por Oswaldo de Oliveira mostrou falhas na marcação. Aos quatro minutos, Robinho apareceu livre pela direita. Aos cinco, Arrascaeta fez gol de cabeça, mas o juiz bobeou e deu impedimento. Estava na mesma linha. Não houve reclamação. Todos em campo ficaram na dúvida.

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Embora estivesse melhor, principalmente no meio de campo, o Cruzeiro sofreu o primeiro gol. Numa jogada de escanteio, Guilherme empurrou a bola para dentro e, momentaneamente, colocou o Corinthians na competição sul-americana. O gol foi marcado aos sete minutos.

O placar de 1 a 0 para um Corinthians que não se encontrava em campo e que mostrava uma defesa atrapalhada era tudo o que o torcedor da equipe podia sonhar. Quase um milagre. Não demorou, no entanto, para a história mudar. Aos 23 minutos, Arrascaeta empatou após boa jogada de Robinho, que já havia acertado (aos 18) o travessão de Walter. O Corinthians cometia os mesmos pecados da temporada: baixo poder de jogo, falta de criatividade e fragilidade no meio e defesa.

Romero, Marlone e Guilherme pouco perigo ofereciam ao gol do Cruzeiro. As bolas aéreas, de escanteios, passaram a ser as melhores jogadas do Corinthians. O meio estava travado e os laterais não funcionavam. “Nossa obrigação é vencer para que possa acontecer alguma coisa (na tabela)”, disse Rodriguinho no intervalo.

O começo do segundo tempo foi quase uma cópia dos minutos iniciais da disputa. O Corinthians voltou mais envolvente, com boa trama pelo lado direito e gol aos nove minutos de Marlone.

Mas o placar não manteve o resultado de 2 a 1 por muito tempo. Pior: marcou mais dois gols para o Cruzeiro após jogadas sequenciais. Aos 11, Ezequiel empatou. Aos 13, Robinho colocou os dono da casa na frente. O meia, que veio do Palmeiras, foi o melhor da partida. Robinho apareceu livre quando se vestiu de atacante e também se destacou quando teve de armar as jogadas. Marcou e deu passe para gol. Mandou no jogo. A derrota por 3 a 2 tirou do torcedor do Corinthians até a esperança de fazer as contas para saber se estaria na Libertadores em 2017. Não estará.

FICHA TÉCNICA:

CRUZEIRO 3 x 2 CORINTHIANS

CRUZEIRO – Rafael, Ezequiel, Léo, Manoel e Edimar; Henrique, Ariel Cabral, De Arrascaeta (Willian), Robinho e Alisson (Rafinha); Rafael Sóbis (Marcos Vinícius). Técnico – Mano Menezes.

CORINTHIANS – Walter, Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel (Léo Jabá); Cristian, Camacho (Arana) e Rodriguinho: Marlone, Romero (Giovanni Augusto) e Guilherme. Técnico – Oswaldo de Oliveira.

GOLS – Guilherme, aos sete, e Arrascaeta, aos 23 minutos do primeiro tempo; Marlone, aos nove, Ezequiel, aos 11, e Robinho, aos 13 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS – Ezequiel, Edimar, Vilson, Balbuena, Arana e Guilherme.

RENDA E PÚBLICO – Não divulgados.

JUIZ – Wagner Reway (MT).

LOCAL – Mineirão, em Belo Horizonte (MG).