O sonho da Tríplice Coroa ficou para trás. Com uma atuação apática e dois expulsos, o Corinthians não passou de um 0 a 0 com o Racing, em Avellaneda, e como empatou o primeiro jogo por 1 a 1, em casa, está eliminado da Copa Sul-Americana pelo número de gols marcados fora de casa. Na próxima fase, os argentinos vão enfrentar o Libertad, do Paraguai, enquanto o time alvinegro só tem o Brasileiro para disputar até o fim do ano.

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O Corinthians não chegou a ficar próximo da classificação em momento algum. Pelo contrário. Faltou criatividade, força ofensiva e a equipe ainda perdeu a cabeça. Além de diversas jogadas ríspidas, Rodriguinho e Jô (após tanta polêmica) deram entradas duras e foram expulsos. E assim como aconteceu na Copa do Brasil, o time de Fábio Carille foi eliminado sem perder.

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Além da eliminação, algo que chamou a atenção foi a apatia do time em determinados momentos. Alguns atletas, como Fagner, Rodriguinho e Romero, confundiam vontade com violência e erros de passes, enquanto outros atletas tiveram atuação muito apática. Jô e Jadson, por exemplo, foram peças quase nulas na equipe.

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Fica uma frustração dupla para os corintianos. Carille disse que queria muito a conquista da Copa Sul-Americana, pois seria especial vencer o primeiro torneio internacional que ele disputava como treinador do Corinthians. Além disso, a competição é a única, das importantes, que o clube não tem em seu histórico. Não será neste ano.

Para o torcedor mais otimista, a queda na Sul-Americana pode ser positiva no sentido do time focar apenas no Campeonato Brasileiro e aproveitar as semanas de jogos dos torneios internacionais para treinar e assegurar que ninguém o alcançará na liderança.

O jogo desta quarta teve cara de Libertadores, mas pelo lado negativo. Entradas duras, jogadores tentando comandar o jogo no grito e dois times claramente nervosos em campo, por motivos distintos. O Corinthians precisava marcar pelo menos um gol fora de casa e o Racing não queria jogar, já que o empate sem gols lhe dava a vaga.

A necessidade em marcar gol fez com que o Corinthians tivesse mais a bola no pé e tentasse a todo custo furar a marcação argentina, que com cinco na defesa e mais um volante recuado, praticamente não teve sustos no primeiro tempo.

A única real oportunidade de gol foi do Racing. Triverio, aos 39, ficou frente a frente com Cássio e foi travado no momento do chute por Pablo. Nas arquibancadas, a torcida não parou de gritar por nem um minuto e ajudou a pressionar os corintianos, que claramente sentiram a pressão.

No segundo tempo, o confronto continuou pegado e Carille resolveu colocar Rodriguinho para tentar melhorar o toque de bola e criar oportunidades de gol. Mas em três minutos, o meia estragou o que já estava ruim para os corintianos. Ele entrou aos 27 e aos 30 deu uma entrada violenta em González, perdendo a cabeça.

Com um a mais, ficou tudo mais fácil para o Racing, que até se aventurou a sair mais para o ataque, diante de um apático Corinthians, que claramente sentiu a expulsão e parecia estar mais preocupado em evitar a derrota do que em buscar pelo menos um gol, que já seria suficiente para lhe dar a vaga.

Vendo que a eliminação se aproximava, os corintianos se irritaram ainda mais e o atacante Jô também acabou expulso, após entrada dura nos minutos finais, enterrando de vez qualquer chance de classificação.

Os argentinos deixaram o tempo passar para a garantir a classificação e eliminar o time que a imprensa argentina se referia, antes do primeiro jogo, na quarta-feira passada, como invencível. De fato, não foi preciso o Racing vencer, mas fez o suficiente para eliminar o líder do Campeonato Brasileiro, que precisará esquecer logo o que aconteceu na Argentina para enfrentar o São Paulo, domingo, no Morumbi.

FICHA TÉCNICA:

RACING 0 x 0 CORINTHIANS

RACING – Gastón Gómez; Solari (Pillud), Vittor, Barbieri, Grimi e Soto; Arévalo Rios, Diego González e Zaracho (Meli); Lisandro López e Triverio. Técnico: Diego Cocca.

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Balbuena, Pablo e Marciel (Kazim); Gabriel, Camacho, Marquinhos Gabriel, Jadson (Rodriguinho) e Romero (Giovanni Augusto); Jô. Técnico: Fábio Carille.

ÁRBITRO – Leodan González (Fifa/Uruguai).

CARTÕES AMARELOS – Barbieri, Grimi, Jô, Gabriel, González e Marquinhos Gabriel.

CARTÕES VERMELHOS – Jô e Rodriguinho .

LOCAL – Estádio Presidente Perón, em Avellaneda (Argentina).