Corinthians pega Coxa na iminência de uma crise

Ausência de rivalidade e tradição. Expectativa por três pontos, mas o empate não incomodaria ninguém. Um estádio a quase 400 quilômetros de São Paulo. Normalmente, uma partida contra o Coritiba, fora de casa, não teria grande apelo para o Corinthians. Porém, diante do momento todo peculiar atravessado pela equipe do Parque São Jorge no campeonato brasileiro, o jogo desta tarde, no Couto Pereira, é crucial.

São Paulo

  – A derrora representa muito mais do que a perda dos três pontos. Em seu último jogo, disputado há uma semana, o Corinthians perdeu para o São Caetano por 3 a 0, maior vexame desde a chegada do técnico Carlos Alberto Parreira. Foi suficiente para fazer os torcedores esquecerem as vitórias contra Atlético-MG e Internacional, nas duas primeiras rodadas, a passarem a hostilizar o grupo de jogadores, especialmente o zagueiro Scheidt e o goleiro Doni. Assim, um novo tropeço deflagraria pessão ainda maior das arquibancadas, típica daquelas que precedem períodos de crise.

Como se não bastasse, o clube viveu uma semana conturbada com o desfecho, negativo (pelo menos para os corintianos), da ?novela? Ricardinho. Por mais que a diretoria tenha se esforçado para mostrar aos torcedores que não teve culpa na saída do jogador, sabe que a compreensão e apoio manifestados são diretamente proporcionais ao rendimento do time. Ou seja, derrotas seguidas significam ambiente tumultuado. “Estamos em uma fase de transição e precisamos aprender a jogar sem ele (Ricardinho)”, explicou Parreira.

Fórmula

Sem o artilheiro Guilherme, que fica afastado por mais três semanas para se recuperar de contusão no joelho direito, Parreira tenta evitar o pior e reviver um passado nem tão distante com o trio de ataque formado por Deivid, Leandro o Gil. Foi com esse esquema que a equipe jogou todo o primeiro semestre. “Já provamos que nos damos bem juntos. Essa é a razão de termos vencido várias competições importantes”, destacou Leandro, recuperado de uma contratura na coxa direita. E a briga por uma vaga no ataque parece que vai ser intensa. “Estou em condições de recuperar meu espaço.”

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