O Corinthians reafirmou nesta quarta-feira o desejo de receber a Copa do Mundo de 2014 em seu futuro estádio, em Itaquera, na zona leste de São Paulo. No entanto, a diretoria do clube ressaltou que não pretende “gastar um vintém” com a ampliação da arena para se adequar às exigências da Fifa.

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Para o jogo de abertura do Mundial, o estádio precisaria ter pelo menos 65 mil lugares. O projeto original da arena corintiana prevê apenas 48 mil assentos. A diferença abre espaço para que o clube receba ajuda da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e da própria Fifa.

“Não nos peçam para botar a mão no bolso. Não vamos dar dinheiro”, afirmou o diretor de marketing Luís Paulo Rosemberg, em entrevista nesta quarta-feira, no Parque São Jorge. “O Corinthians não vai botar um vintém”, reforçou.

O valor inicial do projeto do estádio é de R$ 335 milhões, que será financiado pela construtora Odebrecht. Em compensação, a empresa ganhará os direitos sobre a propriedade do nome do estádio – o ‘naming right’, na expressão em inglês. Mas, se for escolhido para receber a abertura da Copa, o estádio terá um custo elevado em pelo menos R$ 170 milhões.

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“O estádio está em um padrão até superior ao da Fifa. O que faltaria para um estádio de Copa do Mundo é pouquíssima coisa para adaptação. Não quer dizer que seja barato. Já para a abertura, não conheço o caderno de encargos”, declarou Anibal Coutinho, um dos arquitetos responsáveis pelo projeto.

Na mesma entrevista, a diretoria corintiana revelou que pretende arrecadar com o estádio R$ 100 milhões por ano, com ingressos, camarotes, restaurantes, lojas, estacionamento e até espaço para feiras e convenções. O clube informou ainda que não pretende utilizar o espaço para receber shows.

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