A expectativa de que o Corinthians iria crescer de produção na fase mata-mata do Campeonato Paulista não se confirmou neste sábado, no jogo de ida das quartas de final diante do Botafogo, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto (SP). O time alvinegro jogou muito mal e não saiu do 0 a 0 diante de um adversário limitado e inferior tecnicamente.

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O empate e, principalmente, a apatia da equipe ligam o sinal de alerta para a partida desta quarta-feira contra o Universidad de Chile, pela estreia na Copa Sul-Americana, no estádio Itaquerão, em São Paulo. Contra um adversário de melhor nível, se o Corinthians voltar a apresentar o futebol que mostrou neste sábado, são grandes as chances de o time ser derrotado em casa.

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Botafogo e Corinthians voltam a se enfrentar no próximo domingo, no Itaquerão. Nova igualdade, por qualquer placar, leva a decisão da vaga nas semifinais para a disputa por pênaltis.

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Neste sábado, o primeiro tempo foi a síntese do péssimo futebol de Botafogo e Corinthians. Os times priorizaram a marcação e pouco se arriscaram ao ataque. A partida ficou concentrada no meio de campo, com muitas disputas de bola, mas nenhum lance criativo.

Para piorar, os dois times erravam passes fáceis e o jogo era bastante truncado. A melhor chance de gol do Botafogo nos primeiros 45 minutos veio em um erro do Corinthians, não em uma jogada construída pela equipe do interior. Aos 19, Balbuena vacilou na saída e deu a bola de presente para Rafael Bastos. O jogador invadiu a área sozinho, mas, na hora do arremate, foi surpreendido por Guilherme Arana.

O Corinthians também pouco fez. Somente aos 43 minutos é que o time conseguiu levar algum perigo à defesa do Botafogo. Gabriel roubou a bola e tocou para Jadson dar lindo passe para Jô. O atacante demorou para finalizar e acabou chutando em cima do goleiro Neneca.

No segundo tempo, o jogo melhorou. Botafogo e Corinthians abandonaram a postura excessivamente defensiva da etapa inicial e passaram a jogar mais “soltos”. Faltava, no entanto, qualidade na troca de passes e variação de jogadas. As investidas pelas beiradas do campo, por exemplo, eram raríssimas. Ambos os times insistiam, sem sucesso, em tentar furar o bloqueio adversário pelo meio da área. Com as defesas bem postadas, o que se viu foi um festival de bolas rebatidas.

Outro recurso bastante utilizado por Botafogo e Corinthians era a ligação direta entre a defesa e o ataque, sem passar pelo meio de campo. Os defensores abusavam dos chutões e o jogo voltou a cair de qualidade. O único jogador que se salvava era Jô. Com boa movimentação no ataque, ele saía da área, atraía a marcação na tentativa de preparar as jogadas, mas, sem nenhuma inspiração, os companheiros pouco ajudavam e a partida não saiu do zero.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 0 x 0 CORINTHIANS

BOTAFOGO – Neneca; Samuel Santos, Filipe (Matheus Mancini), Gualberto e Fernandinho; Bileu, Marcão Silva, Diego Pituca e Rafael Bastos (Bernardo); Francis (Wesley) e Marcão. Técnico: Moacir Júnior.

CORINTHIANS – Cássio; Fagner, Pablo, Balbuena e Guilherme Arana; Gabriel; Camacho (Clayton), Maycon, Jadson e Romero (Léo Jabá); Jô. Técnico: Fábio Carille.

CARTÕES AMARELOS – Gualberto e Rafael Bastos (Botafogo); Jadson (Corinthians).

ÁRBITRO – Flávio Rodrigues de Souza.

RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.

LOCAL – Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto (SP).