O Corinthians busca inspiração na sua tradição para a partida contra o Santos, domingo, na decisão do Brasileirão. “O Corinthians gosta de emoções fortes e desta vez, temos a chance de fazer história”, disse o técnico Carlos Alberto Parreira, lembrando que o time tem como uma de suas principais características obter vitórias dramáticas. Para conquistar o título brasileiro, o time precisa vencer por vantagem de dois gols.
Parreira recordou a vitória sobre o Santos no Campeonato Paulista do ano passado, “aquela em que o Ricardinho fez o gol da vitória aos 47 minutos do segundo tempo.” O treinador afirmou que a vitória por 2 a 1 pôs o Corinthians na disputa do título quando ninguém mais acreditava na possibilidade de conquistar a vaga.
O técnico também ressaltou que o Corinthians já reverteu desvantagem de dois gols nos mata-matas deste Brasileiro. “Foi contra o Fluminense. Perdemos por 1 a 0 a primeira partida e depois sofremos um gol no início do segundo jogo”, lembra o treinador. “Tivemos 70 minutos para reverter o resultado e conseguimos.”
O treinador confirmou uma mudança na equipe para domingo. “Fabinho volta ao time. Outras mudanças vocês poderão acompanhar durante a semana.” Quanto ao esquema tático, o treinador diz que não há muito o que inventar. “Não dá para dar um tiro no Elano, ou no Michel, então, nosso time tem de tentar as suas jogadas.”
A ausência de Fabinho foi muito sentida no clássico de domingo e, segundo muitos corintianos, teria sido um dos fatores de instabilidade no meio-de-campo. O volante, no entanto, tratou de defender Fabrício, cujo passe errado – jogou a bola nos pés de Robinho nos minutos finais da partida – deu origem ao segundo santista, marcado por Renato.
Fábio Luciano também lembrou da vitória sobre o Santos por 2 a 1 em 2001. “Um jogo marcante. Aquele gol do Ricardinho mostrou que não se pode desistir até o juiz apitar o fim da partida.” O zagueiro acredita que o time tem de buscar em si mesmo a motivação para reverter o resultado. Para Fábio Luciano, a derrota por 2 a 0 no primeiro jogo foi resultado do grande número de passes errados. “Não estávamos acostumados a dar a bola de graça ao adversário, e o Santos soube aproveitar.”
O lateral Kléber, lembrou de outra vitória dramática. “Contra o São Caetano: precisávamos ganhar e não podíamos tomar cartão amarelo”, disse. “Temos de nos superar neste primeiro jogo porque nada está perdido.”
É também o que pensa o volante Vampeta. Hoje o jogador exibiu os oito pontos na perna esquerda, resultado de um choque involutário com o zagueiro Fábio Luciano. “Já estou pronto para outra”, disse o jogador.
Deivid e Rogério, com problemas de tornozelo, foram poupados do treino de hoje, em Extrema. Mas vão participar do clássico decisivo, domingo, no Morumbi.