Ronaldo deve voltar a jogar em duas semanas, depois de mais de um ano em recuperação da última grave lesão de joelho, sofrida quando defendia o Milan. Por esse histórico de problemas do craque, a diretoria corintiana tomou precaução e fez um seguro milionário caso o atacante sofra novamente uma lesão séria que o afaste do gramado por mais de quatro meses.

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A apólice serviria para ajudar o clube a pagar o salário do jogador. Se ele se machucar gravemente, a previsão é que diminuam os valores repassados pelos patrocinadores que bancarão a maior parte do vencimento. Isso colocaria o Corinthians em ainda pior situação financeira.

O valor segurado é de R$ 6 milhões, que é a previsão mínima de pagamento a Ronaldo até 31 de dezembro – contando salário e a grana da comercialização da manga e calção, valor que será 80% da R9, a empresa do atleta.

O nome da seguradora é mantido em sigilo e o valor que o Corinthians desembolsou pela apólice também, mas não é inferior a 10% (ou R$ 600 mil). “É um acordo que ele tinha com os clubes que defendeu na Europa e que o Corinthians procurou fazer igual”, disse o gerente de futebol Antonio Carlos.

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O Corinthians acertou informalmente que nos primeiros três meses – ou seja, até março – Ronaldo receberia, no mínimo, R$ 200 mil por mês. O temor era que uma demora para definir os patrocinadores dificultasse o pagamento, o que acabou se confirmando.

A partir de abril, o salário é integral: R$ 552.058,00 – valor registrado na Federação Paulista de Futebol. Só que a maior parte será paga por meio dos patrocinadores (manga e calção e, se não fechar a conta, parte do que o parceiro principal da camisa desembolsar). É em cima dessa conta que se chega a um mínimo de aproximadamente R$ 6 milhões/ano.

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Em dezembro, a previsão de Fabiano Farah, empresário do Fenômeno, era que poderia chegar a R$ 10 milhões. A dificuldade para fechar patrocínio, porém, transformou os R$ 6 mi em número mais confiável.

Lesões musculares, que tirem o jogador de combate por 30 ou até 40 dias, não estão cobertas e são consideradas normais. O departamento jurídico do Corinthians informou que é praxe em negociações de alto valor a realização de seguros e que não é um privilégio de Ronaldo.

Não há confirmação, porém, de nenhum outro atleta que tenha. Acosta, por exemplo, fraturou a perna esquerda em agosto de 2008 e ainda não voltou a jogar. E ele tinha, até a chegada de Ronaldo, o maior salário do elenco (R$ 137 mil).