Após perder por 4 a 0 para a Portuguesa, na tarde deste domingo, em Campo Grande (MS), a diretoria do Corinthians passou um recado sobre o momento atual da equipe, que não vence há oito jogos e agora está mais próximo do rebaixamento do que do G-4. A culpa pelo momento ruim do time é dos jogadores e não do treinador. Assim que terminou o jogo houve uma reunião entre atletas, comissão técnica e diretoria, segundo revelou o gerente de futebol Edu Gaspar. Por isso houve uma demora de 40 minutos para as entrevistas coletivas que acontecem depois dos jogos.
A posição da diretoria foi clara, segundo Edu Gaspar: Tite continua no cargo mesmo após a goleada. “Houve uma papo com os jogadores eu não vou negar isso, mas o Tite não colocou o cargo à disposição, e eu vim aqui para avisar que palavra do presidente Mário Gobbi continua a mesma quanto à permanência pela confiança que temos no trabalho, e para evitar qualquer tipo de especulação”, disse Edu à Rádio Globo.
Depois dessa reunião, realizada ainda no Estádio Morenão, Tite foi preservado da entrevista coletiva, em decisão que visou “blindar” o treinador neste momento de intensa pressão e cobrança por resultados.
ÔNIBUS É CERCADO – A saída de Campo Grande já foi tensa depois do resultado. O ônibus da delegação foi cercado por torcedores, que xingaram alguns jogadores, entre eles Emerson e Romarinho. O time precisou de um aparato policial para deixar o estádio.
O time permaneceu em Campo Grande após o jogo e deve desembarcar nesta segunda-feira em São Paulo no aeroporto de Guarulhos. Quarta-feira, o time recebe o Bahia, mas o jogo será disputado em Mogi Mirim, pois o time cumprirá punição por perda de mandos de campo no Brasileirão.
A goleada de 4 a 0 veio em um momento inoportuno para Tite, que neste domingo se tornou o segundo técnico que mais dirigiu o Corinthians, com 257 partidas, uma a mais que Rato. Tite agora fica atrás apenas de Oswaldo Brandão (439 jogos).