A vaga na Copa Libertadores é cada vez mais um drama para o Corinthians. Neste sábado, o time deixou de aproveitar o confronto direto contra o Atlético Paranaense em casa pelo Campeonato Brasileiro ao empatar sem gols no último jogo no estádio Itaquerão, em São Paulo, em 2016. O resultado manteve o time paulista fora da zona de classificação e obriga a tentar mudar a situação na última rodada, quando precisará ganhar do Cruzeiro, em Belo Horizonte, e torcer por tropeços adversários.
O resultado tem um peso negativo maior por ter sido um jogo amplo domínio corintiano. A equipe paranaense só se defendeu. A tarefa foi cumprida com sucesso graças ao ótimo trabalho do goleiro Weverton e da falta de pontaria do time da casa. O Atlético termina a 37.ª rodada em quinto lugar, seguido pelo Botafogo – ambos com 56 pontos, um a mais que o Corinthians.
O encontro por vaga no G-6 obrigou o Corinthians a ter mais iniciativa desde o começo por dois motivos. O primeiro, era a colocação inferior em relação ao rival. O outro era atuar como mandante contra um dos piores visitantes do Brasileirão. O Atlético tem só duas vitórias fora de casa na competição.
A postura, de fato, foi convincente. Só o placar que não. O Corinthians pressionou no primeiro tempo, não deixou o adversário atacar e criou boas oportunidades. Teve chute na trave de Rodriguinho, cabeçada perigosa de Balbuena, arrancadas de Marquinhos Gabriel, defesas do goleiro Weverton e, para irritação da torcida, erros de Romero. Por isso, no intervalo o placar era de 0 a 0. Foi injusto.
O impacto do resultado no Itaquerão na tabela de classificação dependia da partida entre Botafogo e Ponte Preta, no Rio, iniciado uma hora antes. O time carioca é outro candidato à vaga na Libertadores e como tropeçou, ao empatar em 1 a 1, no intervalo os jogadores de Corinthians e Atlético souberam que o segundo tempo seria importante para definir as chances de ir à Libertadores.
A etapa final era fundamental para as duas equipes entrarem na última rodada entre os seis primeiros colocados e depender apenas do próprio resultado para confirmar a classificação. Apesar do teor decisivo, o Corinthians demorou a inflamar a torcida. Somente aos 10 minutos um chute de Cristian e um erro incrível de Marlone com o goleiro já batido no lance reacenderam o público a gritar.
O jogo “morno” estava ao gosto do Atlético. Arriscar era proibido ao time. O técnico Oswaldo de Oliveira logo se irritou com o rendimento do Corinthians e tratou de colocar Lucca para tentar mudar a incômodo panorama de criar, dominar e não abrir o placar. O pior é que essa sensação só piorou no segundo tempo, pois como o time finalizou mais e continuou sem aproveitar, a torcida ficava nervosa.
O Atlético só começou a atacar depois dos 40 minutos. Os lances emudeceram os 24 mil corintianos na arena. Mesmo com sem o gol adversário, o temor é pela condição adversa em que ficou o clube paulista na rodada final. Restam duas vagas para a Libertadores do próximo ano, com três concorrentes em disputa. O Botafogo e o Corinthians fazem o último jogo fora de casa, contra Grêmio e Cruzeiro, respectivamente. Já o Atlético recebe o Flamengo no próximo domingo.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 x 0 ATLÉTICO-PR
CORINTHIANS – Walter; Fagner, Vilson, Balbuena e Uendel; Cristian (Giovanni Augusto); Marquinhos Gabriel (Gustavo), Camacho, Rodriguinho e Marlone; Romero (Lucca). Técnico: Oswaldo de Oliveira.
ATLÉTICO-PR – Weverton; Léo, Paulo André, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio, Hernani (Matheus Rossetto), Lucho González (João Pedro), Pablo e Lucas Fernandes (Nikão); André Lima. Técnico: Paulo Autuori.
CARTÕES AMARELOS – Camacho, Rodriguinho e Vilson (Corinthians); Lucho González e Thiago Heleno (Atlético-PR).
ÁRBITRO – Leandro Pedro Vuaden (Fifa/RS).
RENDA – R$ 1.291.293,00.
PÚBLICO – 24.701 pagantes.
LOCAL – Estádio Itaquerão, em São Paulo (SP).