São Paulo – Vai ser um jogão. O clássico de hoje, às 20h30, no Pacaembu, entre Corinthians e Santos, é o típico duelo de parar a cidade, de tirar o fôlego, de ter suas jogadas comentadas por dias. Perder é proibido. O empate não vale nada. Por isso a certeza de que será um dos confrontos mais disputados do Campeonato Brasileiro. Bem jogado, pela qualidade técnica dos times. Duro pela rivalidade. E bonito pela necessidade de ganhar. Os três pontos significam muito para Timão e Peixe nessa caminhada decisiva do Nacional, embora as equipes estejam em situações distintas. Para o Santos de Luxemburgo, vencer é acreditar que ainda dá. O time persegue o líder São Paulo. Para o Corinthians de Leão, é se safar de vez da constante ameaça do rebaixamento. É festejar a tão sonhada reação na competição.
Jogadores dos dois lados passaram a semana ansiosos.
E concentrados. O Corinthians treinou com três zagueiros, um deles Sebá. Leão pretende congestionar o meio-de-campo, atacar e se defender com o maior número de atletas possível. Amoroso ficará na frente.
?Estou motivado e vou levar essa disposição para o jogo. Nossos jogadores sabem que precisa haver movimentação constante, que os meias têm de chegar mais?, disse o atacante.
Sem Betão e Carlos Alberto, suspensos, Roger terá a missão de organizar tudo.
História
Da mesma forma, os santistas esperam fazer história hoje. Querem seguir com 100% de aproveitamento nos clássicos estaduais desse Brasileirão. O jogo vale tanto que a diretoria fez o maior ?carnaval? para segurar o volante Maldonado, que deveria se apresentar à seleção chilena.
O clube envolveu a CBF para obter a liberação do jogador.
Deu certo. E Maldonado está confirmado na partida de hoje. O meia Zé Roberto, repatriado da Alemanha, faz seu primeiro clássico.
Não bastasse tudo isso, há ainda o duelo à parte dos técnicos Leão e Luxemburgo, os dois melhores do Brasil.
E também inimigos públicos.